quinta-feira, novembro 22, 2007

As bruxas - parte II


Com excepção de Opostapsique, nenhum dos leitores quis dar ideias para os três consecutivos dias que faltavam para perfazer uma semana de burburinho, pelo que a medusasss meteu dedos ao trabalho e deixou a imaginação partir à desfilada, como nos últimos tempos tem sido habitual...

Ao fim do quinto dia, cansadas de olhar para a barriga lisinha, na esperança que se mexesse, qual alien esburacarador de ventres macios, pensaram, finalmente, que andava muito pálica, que possivelmente seria excesso de trabalho (e anda tão magrinha a pequena... ou tem anemia ou aquelas doenças modernas, anorexias), e que atenta a palidez mortal, não teria mais de uns meses de vida, (coitados daqueles pais, pagar um curso superior para isto!).
E como a vida é chata, ao fim do sexto dia teria sido raptada numa discoteca da capitale (porque esta juventude anda sempre na má vida, na ramboia!), levada arrastada até as arrecadações de um quarto esconso, onde me teriam retalhado arbitrariamente para me removerem os órgãos (imagine que só não levaram o coração porque alguém chamou a polícia!), e que andaria muito debilitada a viver apenas com um rim e a fazer hemodiálise, enquanto esperava por um dador compatível do fígado que me tinham roubado (com um bocado de sorte ainda paga o transplante do fígado que era dela! "Ai as ideias que tu tens, vizinha!").
Na tarde do sétimo dia teria sido raptada por um alienígena (que andam umas luzes muito estranhas para aqueles lados), que teria feito de mim tudo o que queria (sabe-se lá, aqueles prevertidos lá de fora, eu já não saio à noite descansada), e que o desmaio era devido ao cansaço que aqueles exames exaustivos me tinham provocado, a que acresce a reacção alérgica que fiz "aqueles líquídos verdes e azuis que lhe injectaram nas experiências".
Ao oitavo dia, outra moça qualquer teria desmaiado, e voltava tudo ao mesmo, qual oroboro nietzschiano, eterno retorno das mesmas conversas, com as mesmas pessoas, que na minha aldeia se dão pelo nome de 24Horas e TAL&QUAL.

9 comentários:

Anónimo disse...

Loooooool :)

ai rapariga aonde é q vais buscar estas ideias...só tenho pena q estejam tão proximas da realidade...

E no dia seguinte? :p

M disse...

No dia seguinte, em exames de rotina a medusasss descobre um cancro no cérebro, inoperável. Os médicos, desconsolados, prognosticam 2 meses de vida e depois KAPUT! A medusasss faz testamento, retira o dinheiro das contas e distribui pela família (eu cá não pago Imposto de Sucessões), e por escrito particular doa os órgãos para quem deles precisar e o cérebro para a ciência.
Ópois telefona para todos aqueles que lhe são queridos, a despedir-se, e retira-se para um Centro Hospitalar de Cuidados Paliativos (se existir, com estes cortes orçamentais, não se sabe).
Vitória, vitória, acabou-se a história! lol

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Hydrargirum disse...

Eu retorci os olhos, a boca...tudo com o final desta historia...

Mas que raio de vizinhanca e esta?...
E esqueceste-te do jornal Diabo?...

!!!Hydra/interrogo/me!!!

Maga disse...

estou muito mais descansada... ;)

M disse...

Hydra, compañero, o TAL&QUAL e o 24HORAS existem mesmo.
Podia inventar algumas senhoras com o nome de DIARIO DE NOTÍCIAS e DIABO, mas não me dá tanto prazer, porque quando escrevi estes textos fi-lo a imaginá-las a conversar (há sempre um fundo de verdade, não há volta a dar!).

Maga, fiquei muito sensibilizada pela tua pronta ajuda! Quando precisar de ti, já sei que posso contar contigo! eheheheh
Não tens umas poçõezinhas milagrosas aí escondidas na manga?:)

Anónimo disse...

O desfecho foi dramático, como a situação aconselha!
Acho que não nos conhecemos,não seii..a menos que vivas na escandinávia, n me arrisco a dizr que não :) Acho que por alguns posts lia-se na entrelinhas a tendência juridica, se é que tal existe, o que eu acho que sim!

Sra Esquizoide Frenica disse...

há mto q deixei de me preocupar com essa gente, bruxas ou simplesmente coscuvulheiras. I dont care.

M disse...

Opostapsique, não vivo na Escandinávia, nem nunca lá fui, infelizmente... Mas irei, um dia destes!

Esquizoide, é esse o espírito chérrie! :)