quinta-feira, janeiro 24, 2008

Medusasss em terapia

Não gosto de betos. Nunca gostei! Desde que tive de arcar com um almoço numa mesa com os betinhos mais copinho de leite que há memória no Porto (inclusive um deles foi líder da JSD há uns 5 anos, agora deve ser deputado) que não os suporto e o meu semblante revela de uma tal maneira o meu visceral repúdio por tais seres, que nem sequer se atrevem a olhar na minha direcção para elaborar uma crítica.

E perseguem-me, povoam as avenidas já percorridas da minha existência, quais putas baratas under the red light. Durante todo o secundário era vê-los a exercerem a betice com total impunidade, a que acresce o factor catalizador decorrente do género beto de província em ascenção, espécime que consegue ser mais beto nojento que os betos nojentos que inventaram o conceito de beto nojento.

Passo a explicar: cabelo sobre os olhos à la crina de cavalo, o que lhes dava um aspecto um tanto ou quanto equídeo, aliado à bela da camisolinha de lã sobre os ombros, com as mangas a fazer o laço típico de quem vai apanhar uma vaca ou um cavalo na pradaria, sobre a camisinha aos quadradinhos (quando não era cor-de-rosinha) com o ratinho da Sacoor, os sapatos de vela horrorosos e aqueles encerados horríveis e mal cheirosos, a cheirar a sebo, cavalo, burro, tudo menos gente decente. E claro, um perfume colocado em doses industriais para tapar o tal cheiro a cavalo: gente esperta, os betos.

Não esquecendo a sub-espécie de beto que se desenvolveu abundantemente na terreola onde vivia, apanágio de fortunas rápidas alimentadas a subsídios comunitários: os chamados beto-dreads, beto-bodyboarders aka beto-surfs. Ou seja, a minha aldeola tinha exemplares verdadeiros dos morangos geração rebelde e rasca muito antes desse conceito ter sido inventado por essa panóplia de "criativos" que passam os dias a ler "estudos sociológicos" e a estagiar para funcionários públicos, i. e., a coçar a genitália.

E não é que é verdade? Estava mesmo a precisar de fazer terapia! Sinto-me tão mais leve!

25 comentários:

mik@ disse...

teste...

durkheim disse...

andas revoltada com a sociedade.
sentes-te mais leve? opah tb tenho de criar um blog para fazer terapia AHHAAHHAHA
pronto eu subscrevo as tuas palavras e junto, para fazer uma bela mistura, BRs, FRs (mas tiro algumas excepções nos FRs).

mik@ disse...

(se isto me apaga o comentario outra vez, eu passo-me e quem vai precisar de terapia sou eu)

ah ah ah é oficial essa tua fobia a betos, dá-te um "je ne sais quoi" de instintos assassinos muito perigosos na presença deles.

med-mentora anda cá, respira fundo... come um doce, que a terapia faz bem :P

beijinhos da tua pupila-não-beta
(como se alguém me chamasse beta com este look despenteado de gata de rebelde)

mik@ disse...

cá pra mim a culpa de isto não me ter deixado comentar à primeira foi do durkheim... malvado

Hydrargirum disse...

Texto brilhante!!!
Fartei-me de rir!!!!:D:D:D

E curiosamente, só 15% de mim é que se sentiu ofendido!!!!lol

A noite do post de ontem...até a mim me meteu inveja...:)

Jinhos:!)

M disse...

Ah mikit@, o blog anda revoltado como a dona! Anseia por terapia, por mudança de visual!
Mal sabe ele que não é para breve... coitado!
***

Durkheim... temos de saber atirar para quem merece, e quando o fazemos devemos fazê-lo com pontaria, quais snippers do quotidiano reles em que vivemos.

Hydra-friend! Estás vivo!!! Tenho mais uns insultos afinados em direcção à tua percentagem menos boa, mas fica para outro post! ;)
***

Tulaunia disse...

Querida Medusasss, como eu te entendo!!! Praga maldita essa a dos betos!!! Vão mas é relinchar para o pasto de "Uma casa na Pradaria".

Bêsos

M disse...

Ah Tulaunia!
Eu atraía-os para o mesmo Yate, e mandava-os direitinhos contra o Iceberg mais próximo, sem botes salva-vida nem coletes...
E no final comemorávamos com um festival de pirotecnia, ao melhor estilo ano novo vida nova! lol
Beijinhos

Rafeiro Perfumado disse...

Ó rica, não seja assim! Olhe que deve haver piscinas de betos por este Portugal fora. O que é que a menina quer, apagá-los? Beijinho, sei lá!

M disse...

ó rafeiro, olhe que eu, ãh, só de pensar nesse momento, dá-me cá um aperto no coração!
O que seria de mim sem alguém de quem troçar? Olhe, outro beijinho graaaaaande para si, fôfo!

Alex disse...

Graças a ti voltei atrás no tempo dois ou três anos até ao secundário... aha... ou sete anos... aha... pronto, faz de conta que foi há quinze anos.
É sempre bom recordar os velhos tempos em que essa betalhada sofria horrores com o pessoal da ralé.
Ah pois, não saíam impunes em toda a sua pompa, ah pois não! Hehehe...
Bjs

M disse...

Alex, o meu combate com essa gente sempre foi verbal. Dava-me um gozo do caraças gozar com eles, já que suas excelências tinham explicações a tudo: português, francês, latim e história; e nem assim as notas brotavam resplandecentes! TINHAMOS TANTA PENA!
Beijinhos e bom fim-de-semana

Anónimo disse...

Gosto deste tom tão... irreverente.
Também não me entendo com betos, tal como tão bem os defines.
Mas noto que ser beto não passa só pela questão indumentária, manifesta-se noutros tiques e fenómenos de rejeição de tudo quanto fuja ao padrão pachola da gigantesca e absorvente maioria.
De tudo quanto agite em demasia as águas do confortavelmente instalado num busto qualquer.

M disse...

Claro CatDog, tens toda a razão! A betice é uma questão de atitude, daí a sub-espécie beto-dread e etc.
Todos aqueles que avaliam e desprezam baseados apenas em factores como a aparência ou o berço são betos-nojentos, mesmo que agora tenham esse estilo retro rock & roller que anda tão em voga!

Beijinhos e bom fim-de-semana, quando puder regresso ao teu blog.

Su disse...

Ai amiga só tu mesmo para me pores a rir desta maneira.

Texto brilhanteeeee.

Ainda mais porque me fizeste mesmo recordar aquelas personagens do secundário. Em que o grupo dos betos ... só por acaso fazia parte da nossa querida turma.
Só um lapso: esqueceste-te da parte das argolas para papagaio. Sim porque para piriquito eram demasiado grandes.

Hehe

Sê sempre assim... sempre tu... como não podia deixar de ser.

PrimaNocte disse...

Ehehheheeh... è do coração mesmo esse odiozinho de estimação!

Ehhhhh

Beijo

SA disse...

o estilo beto está mesmo fora de moda, só cá em portugal é que ainda predomina

Maria disse...

Este texto está lindoooo. Muito me ri e revivi ! Eu também conheço muitos desses betos, e é incrível alguns, ou a maioria, faziam parte da JSD lol.
Obrigada também estava a precisar da terapia do riso :D.
Beijinhos
Maria

Vitor disse...

yaaaa fixe meu que pedrada tão esquisita.... um pico de ovos com cebola e bata frita....

ri e ri e riii

M disse...

Su, amiga... O que me choca é verificar que um modelo completamente estéril continua a ter seguidores. Enfim, sabes como é, afinal Coimbra é a capital da pseudo-bétice!
***

PrimaNocte, tomara a muita gente ter um odiozinho de estimação tão engraçado como o meu, mas não, odeiam bróculos, bacalhau, favas... e isso não tem piada nenhuma!
***

SA, nós sempre vivemos num país fora de moda... somos tão fora de moda que nem apanhamos os outros países quando ensaiam estilos retro!
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Maria, a JSD e o PP são aqueles partidos políticos ranhosos com uma ideologia de bosta! Nem sabem ser consistentes! Aliás, política em Portugal é uma piada de mau gosto.
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Vsuzano, andas lindo, andas!
Isso do rir é efeito post ou pré post? lol
***

Anónimo disse...

Tu com os betos e eu com as pseudo-tias...

Maria disse...

LOl Medusas escreveste ai que Coimbra era a capital da pseudo-bétice..... é de onde sou :)! Quer dizer deixei de ser há 2 meses :S. Quando falei da minhas memórias era dessa linda Cidade, excepto a parte de Celas sêi lá :).
Porque achas tu que os betos escolhem esse partidos, a cabeça não foi feita para pensar, mas sim para usar o cabelinho, de preferência com a bela da franja a tapar o óculete de sol:P.
beijinhos
Maria

M disse...

Hannah, qualquer dia sai um post sobre as pseudo-tias! :p Também tenho para elas um cantinho especial no meu coração. :)
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Maria, és de Coimbra? COMO CONSEGUISTE SOBREVIVER SEM FICAR COM TENDÊNCIAS SUICIDAS?
lol
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Pearl disse...

Ai ai ai...
A minha barriga já não aguenta de tanto rir!!!
Xiça, isso é o que se chama de ódio de estimação...
Profundamente hilariante!
Eu não odeio os betos... quer dizer, não todos... Acho até que não odeio ninguém... (esta terapia é contagiosa...) mas adiante...
não simpatizo com eles, são assim como um espécime que está na outra gaiola do jardim zoológico com hábitos e maneiras próprias... tipo aldeia dos macacos, com as suas hierarquias e coisas que tais...
Enfim...`
outras vezes tenho pena... mas quando ameaçam incomodar-me ignoro-os...
Mas o teu post... o teu post está demais!
Nada melhora para começar o dia!!
:o)))*** *** ***

M disse...

Pois é Pearl, ainda bem que gostaste!
Nunca pensei que os meus odiozitos de estimação tivessem tanta aceitação! lol
***