sábado, fevereiro 02, 2008

gu gu... arg...

Imagem de Anne Geddes


Quem me conhece minimamente bem sabe que não sou uma mulherzinha típica, permanentemente entusiasmada com crianças. Sei pegar ao colo, mudar a fralda, mas mais de 5 minutos de conversa de bebé e começo a sentir uma vontade irresistível de fugir, agarrar calhaus pelo caminho, metê-los nos bolsos e lançar-me ao rio mais próximo.


Os momentos altos das cafézadas depois desses momentos tormentosos são a expor, ironicamente, o entusiasmo paternal pela criança mais bonita do mundo: "aqui a sorrir, aqui a chorar, aqui intrigado, aqui a sorrir outra vez, e aqui a dormir, outra foto a dormir, já viste os bracinhos, parecem croissants, dá vontade de trincar!" (Dá vontade de trincar???) ou então "Onde está o juizo? Está aqui, AQUI!" (enquanto fazem o gesto universal de atrasadinho).


Crianças durante o meu sono não é sonho, é pesadelo. Só me despertam algum interesse quando começam a fazer perguntas genuinamente engraçadas: "Madrinha, a Lolita está grávida outra vez? Então mas ela está sempre grávida? E basta uma vez, não é?" (Oh sim! Basta uma vez!) "Mas ela nasceu para estar sempre grávida?" (estas crianças de agora, tão precoces! Será das hormonas? Quiçá o aquecimento global!).
Isto de misturarmos os nossos genes com os genes de outra pessoa, tem muito que se lhe diga! Imagino, por um segundo, a sorte de ter uma segunda versão da medusasss e dá-me automática e prematuramente uma depressão pós-parto.


Pura e simplesmente há pessoas que não foram feitas para ter crianças, e eu seguramente não caí no caldeirão da maternidade quando era pequena. Só de imaginar a minha anca a alargar na hora do parto, os ossos ,creeeee...creeee, a ranger, enquanto o crâneo do bebé gira sobre si mesmo para poder passar... NOT!

16 comentários:

durkheim disse...

Vais ficar solteira para sempre :P tens o meu numero ;)
falando a serio, sao opções de vida, uns querem mts outros nao querem nada, e assim o mundo vive em desequilíbrio e ainda bem...
na vida nao há nada como experimentar, se gostares continuas a espalhar os teus genes :P nao negues á partida uma ciencia que desconheces MUAHAHAHAHHA Onde é q eu ja ouvi estas palavras? nao faço a minima ahahahhaaahaaa

durkheim disse...

o ultimo post ficou incompleto.

Ha pessoas que exageram no seu comportamento com crianças, tornando-se mais infantis que esse belos seres humano em tamanho xs.
é do teu conhecimento que adoro putinhos, somos opostos nesta materia :)
Afinal os gostos nao se discutem, perdoam-se... Eva, tás perdoada :)

um dia qd fores velhinha vais passear cmg e com os meus 5 durkeiminhos no meu pao de forma, dp vais ver que gostas de crianças, pois os durkheiminhos irao sair ao durkheim, se é bom ou mau, nao sei, mas digo-te será diferente, logo será alternativo que por sua vez, normalmente, é bom :)

ps: 6 da matina, mas o cha hj tava mm bom, sweeny todd, brutalesco, recomendo vivamente :)

Artemisa disse...

Eu gosto muito de criancinhas....vistas de longe :p
Detesto conversas infindáveis sobre matérias tão interessantes como o tipo de alimentação e a forma como ela infuencia a consistência dos cocós...bhleack!
E só de me imaginar com uma mini-me...meedo, muito meedo! Criancinha traumatizada :p

M disse...

lolololol
Durkheim! Vou já mudar de maneira de ser só para agradar aos outros! :)
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Artemisa, disseste tal e qual o que costumo dizer! Tudo é muito mais bonito quando vislumbrado à distância! lol
Para mim a distância segura é de onde possam berrar a vontade, correr e fazer birras, desde que não as oiça!
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mik@ disse...

aih eu gosto muito de crianças, DOS OUTROS!!! minhas não...
também sei dar comida, trocar a fraldinha (blherc!!!! sai uma mola prí nariz s.f.f.), são muito fofinhas, mas!... o melhor momento é quando voltam prós pais.

acho que as grávidas ficam lindas, um amor ver a barriguinha a crescer... mas só de imaginar a hora do parto, dá-me um fanico.

eu tenho um verdadeiro truma (isto dava pra mais uma consulta grates med-mentora...) com a parte do parto...

já tive de fazer uma visita pré-natal, para um trabalho da escola, e era a enfermeira-chefe a explicar tudo aos pais (com ar super concentrado) e eu a querer fugir dali, aterrorizada...

bjos

Olá!! disse...

Ó Medusasss ... tu não digas mal das criancinhas... não te esqueças que já foste uma e deves ter sido bem dificil de aturar hahaha
Beijossssssssssss

Tulaunia disse...

Medusasss, como eu te entendo!!! Como costumo dizer, garotos só no Cartola ;)
Enfim, bebés não é coisa que me "apeteça" e a minha mãe já anda desgostosa a dizer que nunca vai ser avó... Coitada... não vai mesmo.

M disse...

Mik@, estou naquela fase horrível da vida em que as melhores amigas começam a ficar grávidas, a ter crianças... a deixar de ter vida própria!!! Nem para tomar café arranjam tempo, arre!
***

Olá, tens toda a razão! Eu era o terror quando era uma medusinha, bem pior do que sou hoje, imagina! É a constatação terrível da hereditariedade da personalidade, defeitos e etc que me faz petrificar de pavor ante a mera e fugaz ideia de uma descendente minha.
***

Tulaunia, ainda vamos tomar cházinhos quando formos velhinhas, sem filhos nem netos, só gatos! lol
(Ai que panorama triste! Eu levo o meu castro laboreiro!) lol
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Anónimo disse...

Medusasss, fazes-me sentir menos sozinha no mundo..bigada! :)

"os osssos, creeee....creee, a ranger..." tá excelente! Mas não digas isso muito alto que corres o risco de ser apelidada de mulher fútil...

Kiss Kiss

Anónimo disse...

Será que encontrei...?
Será?
Compreendo perfeitamente!
São pavorosas as convenções de carrinhos de bébé que vão acontecendo todos os anos nos almoços de natal da malta amiga e nas férias de verão na armona...
scary...

M disse...

Bonequita, nós? Fúteis? lol
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Pedro A., também já assisti a umas convenções dessas... tremo só de pensar quando terei a infelicidade de ir a outra conferência dessas... E hoje em dia os bebés são todos tão precoces! Tseee
***

Rita disse...

Concordo contigo, há gente que não foi feita para a maternidade e eu compreendo perfeitamente que a essas pessoas não interesse minimamente se o rabinho esta assado ou se ele mama de 3 em 3 horas. Também por isso e apesar de amar a maternidade e adorar falar das minhas R's tenho consciência que não posso falar sobre isso com toda a gente. Temos que ser versáteis e ter outros temas de conversa, afinal de contas não deixámos de ser pessoas para passármos as ser mães/pais...
Jokas

banana disse...

tb não consigo imaginar-me mãe...
querer, querer, não sei se sim ou n, mas sei que só há-de ser daqui a muito, muito tempo...
o drama é q o meu compincha acha q já devíamos estar a pensar nisso. o que é realmente mau.
e, para além do instinto maternal, da determinação biológica e disso tudo, não é demasiado egoísta e irresponsável mandar vir crianças para viverem neste mundo mas horrível que bonito?
acho q adoptar resolve a questão do instinto e da irresponsabilidade, mas, + 1 vez, o compincha acha que uns sosiazitos em miniatura é que era...
socorro!

M disse...

Rita, deixaste-me envergonhada...
Acabei de visitar o teu blog...
Sabes, tenho saudades dos tempos em que a malta amiga saía toda junta e não havia limitações de horários e falava-se de tudo um pouco, porque as minhas amigas com bebés estão tão absorvidas que deixaram de ter vida própria!
São opções, e eu não quero isso para mim.
*** e obrigado pela tua opinião.

Banana, não te imaginas com uma bananitas agarradas às tuas saias? lol
Deixa lá, eu também não me imagino com medusinhasss a correr pela casa.
*** e bem vinda ao blog!

Hydrargirum disse...

"agarrar calhaus pelo caminho, metê-los nos bolsos e lançar-me ao rio mais próximo"...isto foi tão Virgínia Woolfe!:)

Tu tens o condão de me fazer rir de coisas sérias...isto é inédito em mim!!!:)

Ai credo, o teu último parágrafo até a mim, me fez cruzar as pernas!:/

Jinhos:)

M disse...

Hydra-friend, achei que cortar os pulsos e dar um tiro nos... já estava demasiado usado. Eu sabia que tu ias reparar! :)
***