segunda-feira, abril 30, 2007

Querido Diário,

Mais um dia a blasfemar com o toque do despertador. Acordei, caguei, tomei o peq-alm, lavei os dentes e ala que se faz tarde!
Prometi pela enésima vez levantar-me mais depressa e não me conceder mais 5 minutos que se convertem em meia hora... estava, novamente, atrasada.
Pelo caminho aguentei com os piropos dos tipos das obras, e com o assobiar do papagaio (é bom que seja um papagaio) da varanda de uma das ruas que percorro todos os dias.
Constatei, mais uma vez, que a minha vida é uma seca e completamente desprovida de sentido... Mais um ano no limbo, é só mais um ano, repito para mim, como se isso me salvasse o dia.
Regresso a casa para almoçar: hoje até me esforcei e fiz comida a sério, a minha mãe teria ficado orgulhosa.
Regresso ao escritório, saio mais cedo para passar pelo ginásio e depois janto qualquer coisa a correr para ainda desfrutar de uma cafezada rápida com os amigos.
Regresso a casa, sem sono, sem vontade de ler, sem vontade de ver televisão, e sobretudo sem vontade de existir; desejo que apareça um buraco e me engula, ou então uma máquina do tempo que me transporte para daqui a um ano.


Isto sim é um diário, sem cadeado, sem cheiro a rosas, sem imaginação, mal escrito e sem quaisquer problemas interpretativos.

1 comentário:

durkheim disse...

fogo tens uns dias alta/ :P nao fazes mesmo nenhum! qd for grande quero ter o teu tempo!!!!

LOL