Só há distanciamento das coisas, quando elas deixam de influenciar o nosso humor diário. Podemos pensar que basta querermos esquecer que essas coisas se distanciam de nós. Mas não, elas continuam connosco, importunam-nos num sonho, perturbam-nos num flash de memória... Influenciam as nossas decisões quando fazemos uma nova opção , só para experimentar um caminho diferente do trilhado. Querer distância é o começo, mas não necessariamente o fim.
Muitas vezes olho para trás, para o caminho que já percorri, e penso, talvez com demasiada frequência, que mudaria tudo, que não mudaria nada, que mudaria só certas coisas... e penso... as escolhas que fiz marcaram mesmo aquilo que sou, será que ainda vou a tempo de mudar para outra coisa mais agradável?
E pensar assim, no poder que as nossas escolhas têm sobre o nosso futuro, faz-me sentir um friozinho de medo... continuarei a errar como até aqui? É que nem é possível aprender com os erros, porque as situações não se voltam a repetir... pelo menos nas coisas importantes.
E enquanto escrevo este post, vou pensando, repensando, repisando, e acho que mais uma vez dou demasiada importância às pequenas merdas que acontecem na minha vida. Toda a gente faz e tem de lidar com coisas desagradáveis, aceitar isso como parte da nossa vivência é o welcome comitee da maioridade.
Aceito por isso que ainda vou ter de engolir muitas coisas desagradáveis, mas não desisto do meu ideal da adolescência, e não só não serei jamais hipócrita, como, mais uma vez, desisto, renuncio a mostrar o meu ponto de vista sobre o assunto: não vale a pena falar com quem não nos quer ouvir nem compreender.
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