domingo, novembro 12, 2006

girls night

Começa tudo com uma mensagem, um telefonema: "amiga, passo por aí às x horas, e depois logo se vê.". Tudo bem, esta noite começamos pelo Galerias... Fomos chegando, às pinguinhas... "Opah, estou farta de aqui estar, vamos para o Tropical" (na boa, vamos lá! Já não estamos todas juntas há tanto tempo, o que interessa o espaço). E fomos. Há pessoal que se dispersa, adverso ao ambiente pseudo do Tropical, mas o núcleo duro continua o mesmo. "Paulo, é outra Carlsberg e uma empalhada". Chega a X e o R, do jantar romântico. "Opah, fodido, fodido é quando sonhas acordada, e só sabes que estás a dormir quando te olhas ao espelho e não tens reflexo" (Fodido, realmente). Carlsbergs para todas que a noite ainda é uma criança, e nós precisamos de animar! (foda-se, já não estavamos juntas há tanto tempo! Já faltava uma noite de gajas a sério!). Desta vez não falamos de coisas fúteis, só de como o tempo nos corroi e como sentimos que aquela noite é mesmo especial. "Vamos para o Procura-me, tenho lá uma amiga à minha espera". E fomos. Bebemos uma cerveja, rapámos frio, tivemos tempo para uma conversa, tête à tête, sobre os cabrões dos gajos (alguns), e vimos umas gajas a namorarem-se durante 1 hora, até ganharem coragem e darem o beijo. "Beija lá a gaja, pah! Olha, sumiram-se!". Fomos para o Delight: "Medusasss, hoje vamos ter uma noite diferente!" (Ok, X, estou nas tuas mãos)... E fomos. E bebemos bem, para regar a falta de interesse no local. Papel de parede engraçado, luz difusa agradável... mas gajos de camisa justa, mamilos com mini erecções... muito pobre. Índice de xunguice. Tiraram-nos uma foto merdosa, e pior pior, é ver as pilosidades a saltar dos colarinhos das ditas t-shirts. 5 da matina. Where? Bar de putas ou Vinyl? Vinyl. Entramos ainda alegres, mas o ambiente claustrofóbico cedo leva a melhor. Grandes conversas filosóficas, inclusive na casa-de-banho "E o gajo, dá-me um chocho, estás a ver? E eu? Sem reacção!" Só miúdas produzidas, miúdos com 15 anos, cotas e ciganada. O gajo andrógino serve-me a cerveja. "Tenho de perguntar àquele gajo onde é que arranja as sobrancelhas". (sim, e eu tenho de reconhecer que ele fica mais giro com lápis nos olhos do que eu)... Seca... A bebedeira não chega para aguentar o Vinyl: instala-se o desconforto (estou farta desta merda, que vim cá eu fazer?) Grandes conversas filosóficas, de quem ainda está mais sóbrio que eu. Tipos sedentos de eye contact, para tentarem a sorte... Tipas histéricas à custa de x Vodkas... Degredo. "Vamos embora". Saimos. Continuação de conversa filosófica sobre os limites da amizade "Sim, porque no teu subconsciente tu não consegues controlar o teu instinto primário, e mesmo que ela seja tua amiga, haverá uma altura em que esse limite será posto à prova e terás de optar por uma amizade, ou por uma cena mal resolvida" (falamos línguas diferentes, não vale a pena discutir, estamos a aprofundar o fosso entre sexos). Vou para casa. Girls night! Há tanto tempo que não estavamos juntas! Não há espaço nem distância, só os afazeres de amanhã para encurtar a noite, as sensibilidades... para nos mostrar como momentos como este são cada vez mais raros.

Não estive em sítios de que gostasse, mas estar com as amigas de que gosto faz toda a diferença. Pode ser no Museu, na Queima, a falar sobre sexo; pode ser no Tropical a falar do tipo que te tramou: não interessa. Estamos juntas.

4 comentários:

Anónimo disse...

Oh, minha Fénix renascida, fazedoura de Odes Magistrais às nossas noites...Um beijinho grande da tua amiga!

Anónimo disse...

Visita de retribuição, numa perspectiva de cusquice anasalada. Continua, ê cá gosti.

Anónimo disse...

tens toda a razao...:-)

M disse...

ehehehe