Há pessoas chatas, mas há seres que ultrapassam todos os limites. Falo dos Ditadores da chatice, Imperadores da estupidez, Reais Soberanos da conversa mole, Duques do narcizismo megalómano, Condes da voz insuportável.
Uma adjectivação tão numerosa não pode deixar de publicitar, para os mais atentos, que a lamentável autora deste post se encontra em estado de desgraça.
Pois bem, imaginem um sujeito, a que aleatoriamente chamaremos F.
Este sujeito, encarna o mais vil dos Imperadores da chatice. Sua exa não sabe que é incómodo, sua exa ri-se quando o mandam calar, a sua voz é adorável e o que diz pérolas, que ele por misericórdia desperdiça em plebeus (sua exa tem tios, primos, relações em todo o lado).
Virar as costas a sua exa é piada, dizer que sua exa é um chato, não é uma constatação óbvia, é uma anedota que recarrega as chatas baterias duracel de F, e lhe dá alento para mais uns looooooongos minutos a ouvir-se.
F não pensa. Como todo o chato, relaciona um qualquer facto, que qualquer incauto (também chato) deixou escapar, liga-se à corrente, e lá vai ele!
F é tão chato, que não fora o aproveitamento escolar, dizer-se-ia que é atrasado.
F é como uma mancha na melhor toalha, como o borboto nas camisolas benetton: é uma porcaria , mas é também inevitável que nunca nos iremos livrar deles.
Não posso deixar de pensar, com uma certa delícia, que da próxima vez que chamar a alguém chato, lhe estou a chamar, implicitamente, tudo o que aqui consta, que essa pessoa certamente não merece, mas que serve de compensação para a quantidade de vezes que mandei calar F... sempre em vão...
Calem-se os oportunistas. A tese da estupidez em directo só funciona em espécimes ainda não expostos a F.
Não sou crente, mas vou rezar por um milagre (o chato tem uma saúde de ferro, nunca adoece, mas tem sempre voz de constipado).
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário