Foram anos duros em que tinha de andar de autochaço frequentemente, não percebo como ainda não tirei a carta.
Com estas modernices voltei a andar de comboio mais vezes e quase simultaneamente apareceu o metro no Porto, a qualidade de vida subiu e até parecia que estava no estrangeiro, este fenómeno aconteceu-me durante uns 16 minutos repartidos por conjuntos de 2 minutos em diversos dias.
Hoje fui novamente forçado a andar de autocarro e demorei este texto todo para explicar uma coisa tão simples e que nem tem muita a ver com o que quero falar.
Deu-me uma vontade de mijar, ui, do caraças, nem lembra ao diabo, irra! Ainda estava a menos de metade da viagem e foi aguentar, transpirar, contorcer de dores e tentar fazer espécie de yoga até ao destino. Como último recurso ainda pensei em mijar para uma garrafa já que pedir ao motorista para parar e esperar estava fora de questão, já sei como estes reagem, passei o secundário todo a andar de autocarro (quando não estava nas aulas ou no café, ou no jardim ou a fazer gazeta), ui que aflição!
Quando finalmente cheguei a central de autocarros nem queria acreditar, corri para a casa de banho e weeeeeeeeeeeeeeeeee, mijocaaaaaaa! Uuuufa!! A partir daí o dia tornou-se numa coisa Zen, Freud teria uma explicação para isto, mijar aflito não vale o esforço mas que aquele alívio no fim sabe bem, ai isso sabe, sabe!
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