Não gosto de imaginar o que vou fazer, prefiro que sejam os suportes, os objectos, as formas e até os erros que cometo a conduzirem-me.
Os meus bonecos, vestido de trapos ou peças obsoletas partem de uma ideia simples, são como um jogo com um conceito não muito diferente do lego e do doodle.
Raramente dou um boneco por acabado, encaro estas figuras como mutantes, concedo-lhes vida e deixo-os modificaram-se e crescerem...
Se gostasse de coisas aborrecidas não teria enveredado por um percurso artístico, fecharia-me num gabinete a tratar de papeladas, teorias ou outra coisa qualquer que fosse útil à sociedade mas uma verdadeira seca. Fugi para aqui porque enquanto me for possível brincar e estimular aquela réstia de imaginação e criatividade herdada da meninice não quero fazer outra coisa.
Embora não goste muito de falar isso não significa que não goste de comunicar. Os bonecos fanados pertencem a um lado imaginário que quer extravasar, arrancar sorrisos e curiosidade.
Quem quiser entrar no jogo está convidado, quem não quiser também não precisa mas deixo a porta aberta caso mudem de ideias.
O importante é a satisfação que obtenho durante a produção destas personagens, se a certo pronto o resultado me agradar interrompo o processo, caso contrário continuo a jogar ás formas.
Conceitos e intenções existem, claro... Julgo que podem permanecer comigo... Não quero que observem com os meus olhos e portanto reservo-me.
Observem, conversem e brinquem se se cruzarem com eles, se não obtiverem resposta então falhei.
Isto é só um cheirinho.
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