sexta-feira, maio 25, 2007

A canção chegou ao fim, mas a melodia ainda paira no ar

Como o cheiro a terra molhada, depois de uma chuva de Verão, também há coisas que acabam, mas deixam atrás de si o rasto da sua passagem: o aroma de um perfume, as palavras por dizer, as palavras ditas e imediatamente caladas... Às vezes é como um livro que nos preenche ou aquela musiquinha ranhosa que não nos sai da cabeça... Muitas vezes são coisas mal resolvidas, que todos sabemos que não têm remédio, mas que gostariamos de as conhecer sob uma perspectiva mais clara.

Eu confesso que há coisas que me deixam sequelas chatíssimas e que têm o condão de me confundir ao máximo, que a minha pequenina cabeça (brainless) não consegue alcançar, tão à frente o conceito... porque razão despudorada a cerveja me dá insónias, por exemplo? Alguém me consegue explicar que fenómeno fodido é esse, em que se bebe umas cervejas, se chega a casa com os ouvidos cheios da música do NL (temos de ir lá medir os decibéis daquela cena), e depois... demora-se eternidades a adormecer... dias consecutivos! Não há justiça no mundo, uma gaja já não se pode divertir inocentemente...

Pois, e por falar em divertimentos, aqui há uns tempitos estavamos a falar de pessoas que sentem prazer em fazer a vida negra aos outros (sim, momento deprimente direccionado a falar gostosamente de quem não se pode defender)... e lá focámos o tema PINIPON MALVADA, que para mal dos nossos pecados, não tem fotografica representativa na internet... procurei, procurei e nem um exemplar mesquinho para amostra! Bem, mas ao que parece, toda a gente sabe o que era a Pinipon, a Casinha Pinipon, mas ninguém teve jamais a dita Casinha Pinipon... Bárnies e Póneis mágicos e afins (burros, quiçá), cada uma teve a sua amostra, mas Pinipons... Cá para mim foi pesadelo colectivo imediatamente recalcado.

Mas continuando a saga dos Pinipons, através de contributo heróico... já conseguimos descortinar algo mais das particulariedades da personalidade algo difusa da Pinipon Malvada, que como os nossos queridos e dilectos leitores mais atentos bem se lembram, era menina enjoadinha e cínica... pois bem, contributo anónimo mas pertinente, Pinipon Malvada ou não, tem sempre a mesma cara com o mesmo sorriso por ter aquilo colado. Pensámos que porventura haverá algumas Pinipons com o privilégio de terem várias faces, quais cubos de Rubick, mas a dilecta Pinipon Malvada só nos sabe obsequiar com a face que tem.

Depois de umas exéquias amáveis sobre o gelado de café, a tertulia alargou-se a outro temas mais sérios, como aquilo com que tenho andado ocupada: arguidos já condenados por violação, acusados por tentativa de homicídio... "então e já estiveste com um pedófilo?"... EU??? ESTIVE? EM QUE SENTIDO??? Ah, suas cabecinha ranhosas e prontamente libidinosas! Nunca tive um arguido pedófilo, não senhor!

E é assim, depois de um jantar de amigos, é como depois de um bom livro, de um bom filme, a canção chegou ao fim, mas a melodia ainda paira no ar...

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