segunda-feira, dezembro 25, 2006

Olha, boas festas



É só para desejar um óptimo natal a todos os benfiquistas que passam por aqui…

a todos os outros, desejo pouca coisa.
Carvão no sapatinho e tal...

Casquinhas

Casquinhas

Casquinhas à bolota

se não nos deres a consoada

vamos cagar à sua porta

sábado, dezembro 23, 2006

dizem que andam em vias de extinçao

Ê a lôcura totale

Bufa, bufa... empurra o carrinho na corrida do xôpingue!
Não há vrumms, mas sheeesss das rodas a derrapar.
Olha, olha, olha a promoçon!
Peluches liiindos a 10 oiros. Que achadoiro!
Na fila da caixa, sob presson, rebento o balôn
Tesoiro, despacha-te cum troco, senon dá pro torto
E volta atrás quá precison de bombons.
Pas tias, vizinhas, amigas e engatadeiras
Vou comprar uma velas perfumadeiras
Pos primos, tios, irmons do coraçon
Pra eles compro meias d'algodon
E pro ano sem desfazer
Tudo volta a acontecer...

Bufa, bufon, toma lá que tembrulhon!

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Jantar de Natal

"E um brinde para x", "A ser expulso de uma sex-shop", "Um brinde a ser expulso do museu de arte contemporânea", "Um brinde a ser expulso da Sagrada Família!", "Um brinde às massagens de marrocos!", "Um brinde ao Natal", "Um brinde ao brinde", "Um brinde ao nosso critério!"
Brindemos enquanto houver alegria engarrafada para todos os eventos e efeitos.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

FAKE

É como o outro, I see dead people, especialmente nesta época tão especial. Parecem todos mortos, murchos, assim para o FAKE!
Andam todos num stress imenso a comprar quinquilharias para oferecer como "lembrança" porque o que "importa é a intenção", infelíssimos a impingir uma alegria que nunca sentem, sabendo que dão e recebem quinquilharias.
É Natal, foi Natal, já não é Natal. UFAAAAAAA, ainda bem que Natal é só 2 meses num ano!

sábado, dezembro 16, 2006

E viva o espírito natalício

Até sou uma pessoa razoavelmente bem disposta. Certo, acordo de manhã e digo: "Fdss, já são horas de acordar!". Mas excluindo essas tiradas rabugentas, até vou sorridente para o escritório, alheia nos meus pensamentos e nas musiquinhas sabiamente escolhidas para o efeito. Mas há coisas que dão cabo deste sistema: chover torrencialmente e o multidão mal-disposta escolher os passeios da Baixa como terreno propício a batalha campal de chapéus-de-chuva "Ai não te desvias? Então pimba! Toma lá que já te molhaste!". Herdado o carácter fleumático por via paterna, geralmente faço a Baixa aos esses: ficar mal-disposta e molhada, para quê?
Mas há dias, em que uma qualquer chica esperta decide levar os miudos da creche a viajar nos SMTUC "porque é giro os putos verem como isto funciona", então o autocarro vai cheio de gente, com 4 tipas a tomar conta de 20 miudos com 7 anitos, alguns deles aos tombos, em pé, porque o autocarro vai cheio, e ainda há uma anormal que se vira para uma miudinha que choraminga assustada: "O que tu merecias era ir ali em pé". Acho isto um exemplo soberbo do que espera os futuros pais esperançosos nas gerações futuras.
Mas a cereja no topo do creme branco e ondulante de chantilli é mesmo ir à CGD, tirar o tiquet, esperar 45 minutos para ser atendida, e uma vez lá, ser informada que "nós aqui já não fazemos isso. Isso era da competência do balcão das informações, que foi extinto, mas substituído por aquele cúbico envidraçado", onde não há senhas, e se forma uma fila irregular, com velhotas, que de baixo dos seus setenta/oitenta anos se cansam das pernas, dos ossos, de X que não se cala, da fila que nunca mais avança, "e isto é uma coisa tão simples"... e eu olho para o lado e só me falta assobiar. Quando finalmente chega a minha vez, meia hora depois, tenho um funcionário mal-disposto por estar atrasado para o almoço, que me trata mal, e usa as perguntas como se fossem armas de arremesso: "mas dá inválido ou ilegível?", "já lhe perguntei, mas você não respondeu - enganou-se no código?" Ao que eu respondo, com frieza, que nunca uso a caderneta para fazer levantamentos, e que tenho muita pena de não terem um livro de reclamações.
Vou a espumar para casa, onde bato com as portas dos armários enquanto faço à pressa o almoço naquilo que resta da minha pausa para almoçar. Tenho sorte, porque tenho alguém compassivo que me ouve e me chama à razão "Mas tu já sabes que as coisas funcinam assim! Porque estás tão irritada?", e eu penso que é desta que vou esgrimir o meu chapéu-de-chuva como se de uma espada se tratasse, para ao fazer alguém mais miserável que eu, me sentir finalmente vingada.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

"Where the wild roses grow"

As mais variadas estéticas têm enriquecido o nosso panorama cultural com pequenas amostras do que consiste a relatividade de se ser feliz, e todos sabem citar o ditado do povinho: que é feliz quem se contenta com pouco; ou pensamos com o Pessoa, que sabia que a lavadeira do rio era feliz porque não pensava (mas estragava as mãos nas águas frias).
Pensar nunca trouxe a felicidade a ninguém, isso é a verdade insofismável: a própria base do pensamento é a relação entre objectos diferentes mas análogos, ou seja, relacionar por semelhança ou diferença diversos objectos. Assim, relacionando a um nível mais complexo matérias que nos enchem o dia a dia, chegamos à brilhante conclusão que até nem estamos mal, mas A e B estão muito melhores que nós. Ou que a solução mais prática é C, mas que gostariamos de ter mais tempo para estudar a questão, porque D acena-nos com promessas de maior produtividade... E temos sempre a Lei de Murphy para estragar qualquer planeamento cuidado: Se alguma coisa puder correr mal, vai correr mal; e se todas as hipóteses foram pensadas, haverá sempre uma hipótese marginal que manchará o brilhante planeamento estratégico.
Então, nesta fase das Leis de Murphy, a Felicidade define-se em contornos cada vez mais esbatidos, em que o triunfo sobre uma lei caótica faz os vencedores agitar o corpo ao ritmo de danças de vitória de moldes tribais.
Mas independentemente dos vários estilos de se ser feliz, às vezes questiono-me para quê toda esta questão em torno da felicidade. Essa coisa de se ser feliz é completamente narcizista, megalómana. Estamos tão compenetrados a olhar para o nosso próprio umbigo, que esquecemos que a felicidade é muito mais do que atentar nas nossas pequenas vitórias e tragédias, é abarcar o mundo com um olhar severo e dizer: Foda-se! Se escolho viver, ao menos que a minha passagem por aqui seja minimamente aprazível.

domingo, dezembro 10, 2006

"that you can't give enought"

Hoje a noite acabou mais cedo, mas foi repleta de bons encontros!!! Ora vejamos: a Mile, sim a Mile, foi cafezar comigo para um local diferente do habitual (já estamos fartas das galerias, amiga!). Pois que encontramos pessoas que nos arrastaram dos nossos objectivos primitivos.
Grande bomba! A Mile, sim a Mile, foi comigo para o Noites Longas!!! Os amigos dela, taditos, não apreciaram o ambiente e nem meia hora (sim, meia hora!) ficaram. Compreendo... aquele ambiente e tal... meninos de farmácia, que se há-de fazer?
Mas a Mile foi uma resistente!!! Dançou ao som de Doors e Nick Cave, e só depois quando Francisco Fernando e Kaiser Chefe tardaram em chegar, desistiu e me arrastou na torrente.
Foi uma bela noite, valeu a pena ter arrastado meia duzia de pessoas que não sabiam para o que iam (ehehehe), e ter levado a Mile, sim a Mile, comigo para dançar!!! Deu para dar um ar da nossa graça.
Mile, da próxima vez conto contigo! É bom não ter de lutar por um espaço vital sozinha.

sábado, dezembro 09, 2006

Chamem a Pulissia que eu não pago



No seguimento da interpelação feita pelo agente de fiscalização em serviço, foi elaborado o auto de notícia n.º 28794, do qual consta que, no dia 29 DE JUNHO DE 2006 V. Exa. Viajava no veículo da Metro do Porto, sem se fazer acompanhar de título de transporte válido.
Atento esse facto, serve a presente para informar que, tendo dada entrada em vigor no dia 1 de Novembro último, a lei 28/06 de 4 de Julho, que aprova o regime sancionatório aplicável às transgressões ocorridas em matéria de transportes colectivos de passageiros, tal infracção, passou a constituir um ilícito contra-ordenacional.
Assim, e , de harmonia com o disposto nos art. 8º, n.º4 e art. 9º, n.º1 da referida Lei, cabe a este Empresa notificar V. Exa. Para o pagamento voluntário da coima deduzido de 20%, no prazo de cinco dias úteis, a contar da recepção da presente, sendo que, toda e qualquer reclamação sobre os motivos da autuação entretanto efectuada fora do âmbito processual abaixo referido, é tida por extemporânea, não cabendo a esta Empresa pronunciar-se sobre a mesma.
Caso opte pelo pagamento voluntário, o valor será de 31,65 euros e poderá ser efectuado numa das Lojas Andante (Estação da Trindade, Estação Casa da Música, Estação de Campanha, Estação General Torres ou Estação da Póvoa).
Informamos que, terminado tal prazo será o auto de notícia enviado para a Direcção Geral dos Transportes Terrestres e Fluviais para instauração do respectivo processo de contra-ordenação, o que determinará a perda de benefício e acréscimo de custos processuais.

Com os melhores cumprimentos,
Um burocrata qualquer


Se há coisas que me irritam são estas merdas, até compreendo que se deva aproveitar o máximo de papel, cada folha é uma árvore abatida. Oh burocratinhas escrevam em A5, sai mais barato, não engonham tanto, poupam tinta e papel. Um exemplo, como não gosto de V. Exa; “Senhor tal e tal, ou paga a multa ou vai ver o que lhe acontece!”. Parece-me muito mais eficaz e até cabia num post it. Já que a Metro é tão sovina mais valia começar a poupar, com tanta multa a cobrar e tanto papel para gastar em palavreado cocó, espero que não vos falte papel à beira da cagadeira.
Um dia vinha com uns amigos da Póvoa a caminho do Porto, esse dia já foi há uns meses e era S. Pedro, viajávamos de metro, num expresso… Vrumm, o expresso é uma trampa, é quase tão lento como o normal só que não pára em todas as estações preferindo abrandar quase, quase até parar. Bom, eis que lá para o fim da viagem entra o Pica Horrível mais seus compinchas. Dotado de penteado gelado com piquinhos, oculinhos de massa quase tão quadrados como a dita figura sofria de problemas de ouvido e por consequência de equilíbrio e zás trás pás quase que caía em cima de nós. Risota. O gajo devia ser caxineiro…Bem… E daí tenho dúvidas, o gajo era muito fraquinho para ser caxineiro, tinha mais aspecto de ter passado a infância a cuidar do estrume na horta dos pais, devia ser duma aldeia perdida no douro, até referiu que conhecia uns serranos que eram mais maus que um policia bêbado. Enfim, o gajo levou com umas gargalhadas e não desculpou o facto de termos tentado roubar uns 20 cêntimos à Metro, que caneco, que vândalos que nós estávamos a ser, muito bem feita. Z5 não é Z6, a zona acaba em Ramalde e já estamos na Lapa, que cena… E depois o senhor Pica Horrível lampaneiro, lá devia ter comprado um dicionário recentemente e decidiu-nos apelidar de palhaços e outras coisas não tão engraçadas. Isto tudo ao mesmo tempo que tentávamos explicar que tinha sido engano e a culpa era da porra do segurança que nos tinha dito que era assim quando afinal era assado… Este Pica Horrível arre, ameaças de porrada, simulação de chamadas policiais e ah o Pica Horrível não se calava com uma frase “Eu sou uma pessoa respeitada, eu sou respeitado, respeitado, respeitado, eu sou alguém respeitado”… Oh homem vai ao psiquiatra, se queres respeito entra para a máfia do Pintinho, a trabucares assim ganhas é um chapo nos cornos, não és respeitado, és gozado e odiado… Não sei quem lhe contou aquela mentira.
Um profissional fraquinho sem dúvida, da próxima vez mesmo que tenha um título de transporte válido não o mostrarei sem um bocadinho de burocracia, a vingança será terrível.
Depois lá fomos apresentar a reclamação numa das Lojas Andante (Estação da Trindade, Estação Casa da Música, Estação de Campanha, Estação General Torres ou Estação da Póvoa), a Senhora funcionária foi muito simpática e disse que se não nos dessem uma resposta dentro de 2 meses é porque ia ficar tudo em águas de bacalhau. Achei isso giro porque não gosto de bacalhau nem de multas e acho bom saber que existem águas próprias para estas coisas horríveis, espero que um dia o Pica Horrível consiga um SPA nessas águas e se afogue um bocadinho.
De qualquer forma, tudo o que é bom não dura para sempre, as águas já estão cheias de coisas más e há que repartir o mal pelas aldeias. O Natal está quase à porta e vai ser recheado com Bacalhau cozido, Bacalhau assado, bolinhos de Bacalhau, Bacalhau frito, roupa velha… E recebi a cartinha transcrita acima com a resposta, nem é uma carta lá muito boa nem muito valiosa, tinha selo de correio azul mas não é registrada, além disso os CTT devem estar a funcionar muito mal porque recebi-a com uns 3 meses de atraso.
Desejo ao Pica Horrível um Natal razoável e uma pedra de carvão no sapatinho.
Bem hajam e coiso…

Só vim picar o ponto e o desenho é fraquinho








puuuuuuuuuuf

quinta-feira, dezembro 07, 2006

miau?

Vou mudar de ginásio. Já tinha planeado mudar, já paguei inclusive o mês de Janeiro, mas se não o tivesse feito, se, porventura, tivesse qualquer tipo de dúvidas quanto à mudança, essas dúvidas dissiparam-se na minha última aula de bodycombat.
Desde o ínicio deste mês que as aulas de combat são dadas por um novo instrutor. Resistente em mudar aquilo que para mim já é óptimo, inscrevi-me só uma vez por semana e fui ontem experimentar. Que decepção!
Temos um tipo morenaço, todo "bombado", sempre a falar e a piscar o olho... A aula que era acelerada, com ritmos bem pesados (Rammstein e Marilyn Manson) mudou o ritmo, parecendo-se agora com uma aula de step sem degrau, com bailarinas a subir os bracinhos com leveza: até a dar murros temos de ser sexy... Mas combat é para quê? Ora digam-me lá??? "São vocês que têm de fazer render o vosso dinheiro, e nas faixas de combat dão o máximo e descansam nas seguintes! Vocês têm de dar o máximo se querem perder peso".
Cala-te pah! Eu nunca fui a combat para perder peso, para isso vou correr para a passadeira! Eu ia a combat para ouvir música altamente motivante (não essas brasileiradas que agora se ouve), e dar murros e pontapés ao ritmo acelerado da música e dos batimentos cardíacos. Numa aula de combat não quero pensar em mais nada senão em sobreviver à aula e vêm-me falar de perder peso? Get lost!!!
Mas claro, novo instrutor de combat, implica praí 10 novas aquisições sorridentes (bailarinas por emprétimo) a gritar na aula, mas o kyaa já não existe, agora é "down, down" e "miau". Patético.
Ouvi dizer, não experimentei, mas vou experimentar só pelo gozo do ridículo, que o instrutor de combat também dá Bodybalance... de calcinha branca apertada... eheheheheheh! Ao que consta não há nada a esconder!
Miau? Fssssssssssst!

terça-feira, dezembro 05, 2006

Fashion victim

Pois que esta coisa das modas tem muito que se lhe diga, especialmente se quem controla o cartão de crédito não tem dois dedos de testa (já nem pedimos o mínimo de sentido estético). Ora reparemos na moda da mini-saia! Realmente, aqueles pedacinhos de pano ficam muito bem a adolescentes esqueléticas (se não forem anoréticas ou bulímicas), mas a raparigas mais rechonchudas... é de evitar. A moda da coxinha grossa é, infelizmente, coisa do passado ou de trolha celerado.
Claro que esta moda assim para o extravagante tem muito que se lhe diga, mas reiteramos o aviso às mais gordinhas... nada de meia em rede com saia curta ou calção... dá um efeito rôtie completamente mal passant. Mas o pessoal precisa de se rir, força aí!
E aquelas calças giríssimas de cintura descida? Muito sexy indeed! Vê-se metade (todo) do rabo quando se sentam, e quando estão na vertical as gordurinhas vertem pelos lados. Lindo! Espectáculo do mais alto nível.
E as cores? São totalmente desaconselhados os brancos, verdes e azuis em pessoas de pele muito clara: é muito estilo noiva cadáver, à beira do chilique ou necessitada de transfusão de sangue.
Analisando a moda deste ano que é, sem dúvida, especialmente bela e elegante: atentemos nas calças por dentro das botas de montar. O regresso ao rural chic é a invenção do século. Dava muita coisa para saber quem foi o palerma que se lembrou de tal coisa. E se preto com dourado é de esmero, não sei porque só se vê dourado com preto: porventura temos aspecto de nouvelles riches?
E não podiamos acabar este post sem a referência à maquillage! Pois que os batons voltaram à ribalta! Mas atenção, baton vermelho e olhos carregados é muito puta, e baton vermelho sem maquilhagem é puta na mesma, mas com mais classe.
Chamo a atenção para o facto da medusasss ser totalmente desprovida de gosto. O seu sentido estético deambula nas ruas da amargura: isto não passa de um fait divers.

domingo, dezembro 03, 2006

X de Xmen!

É inevitável que depois de uma ruptura, cada um saia a lamber a feridas, desgostoso por ter perdido tempo numa aventura vã, com mais perdas do que ganhos.
É, também, certo, que uma vez separados os amantes, cada um siga o seu caminho, redescobrindo forças ocultas, novas fontes de lazer e prazer... novas maneiras de pensar: todo um mundo novo que antes se encontrava encoberto.
Para isso é importante estar-se só, conviver com o eu dolorido. Fazer o balanço, cimentar o EU, perdido no meio de um NÓS que já não existe, e encher o vazio com coisas belas e positivas... Ou menos belas mas cheias de significado. eheheh
Por isso é pouco recomendavel sair de uma relação e metermo-nos logo noutra. Corremos o risco de, para além de cometer os mesmo erros, não ter uma ideia concreta do que se quer e do que se é, sendo-se assim permeável, influenciável pelo novo partner: como na escolha das camisolas (desaconselhamos vivamente o amarelo icterícia), no sentimento de vazio depois dos primeiros meses de euforia, na total permeabilidade nos gostos e valores (os mesmos da nova aquisição): tudo revelador de uma grande falta de personalidade.
Xmen e Xwomen... remain X for longer! ;) [também têm de ter tempo para fazer prospecção de mercado e tal] [Ah!E dar tempo ao mercado de se renovar]

quinta-feira, novembro 30, 2006

twinkle little star

When I was a little girl I asked my mother what would I be, would I be pretty, would I de rich, here what she said to me: Que sera, sera, whatever will be, will be, the future not ours to seek, que sera, sera, what will be, will be When I was a little girl I asked my mother what would I be, would I be pretty, would I de rich, here what she said to me: Que sera, sera, whatever will be, will be, the future not ours to seek, que sera, sera, what will be, will be When I was a little girl I asked my mother what would I be, would I be pretty, would I de rich, here what she said to me: Que sera, sera, whatever will be, will be, the future not ours to seek, que sera, sera, what will be, will be When I was a little girl I asked my mother what would I be, would I be pretty, would I de rich, here what she said to me: Que sera, sera, whatever will be, will be, the future not ours to seek, que sera, sera, what will be, will be When I was a little girl I asked my mother what would I be, would I be pretty, would I de rich, here what she said to me: Que sera, sera, whatever will be, will be, the future not ours to seek, que sera, sera, what will be, will be When I was a little girl I asked my mother what would I be, would I be pretty, would I de rich, here what she said to me: Que sera, sera, whatever will be, will be, the future not ours to seek, que sera, sera, what will be, will be When I was a little girl I asked my mother what would I be, would I be pretty, would I de rich, here what she said to me: Que sera, sera, whatever will be, will be, the future not ours to seek, que sera, sera, what will be, will be, que sera, sera, what will be, will be, que sera, sera, what will be, will be, que sera, sera, what will be, will be, que sera, sera, what will be, will be, que sera, sera, what will be
The devil's will be,serra, serra, the devil's will be, serra,serra,serra, the devil's will be, serra,serra,serra, serra.

Trapos

Com o passar do tempo, mesmo a tipa mais desinteressada acaba por ficar especialista em matéria de trapos e vestimentas... Ainda me lembro dos meses em que gastava tudo o que sobrava em livros e cds... E sentia que o dinheiro tinha sido bem gasto... Ia à Zara, Mango... e pensava... comprar um t-shirt ranhosa por este preço? Nem doida! Camisolas há muitas, suas palermas!
Pois, mas isto foi há... uns anitos... Agora também há Berska, Promod... E atenta a qualidade do tecido, do corte, ratio qualidade/preço... as cores, os padrões, o toque... uma seca... "mas esta até é bonita e fica bem com as calças, e o casaco..."
Por muito que possa ter mudado em matérias de trapos, há tormentas que nunca mudam e que são sempre infernais: compra de calças de ganga (se forem as erradas não tens rabo, tens balão), e a compra de um vestido de cerimónia.
Como é bom de ver, o vestido não deve ser demasiado brilhante, nem demasiado mate, não pode ser espampanante, mas também não pode ser demasiado sóbrio... Não pode ser demasido comprido nem senhoril (é à tarde), mas os modelos actuais debaixo do joelho... pareces a tua avó, com a diferença que ela há 50 anos atrás não tinha as rugas que tu já tens... nem a maquilhagem para a esconder.
E o tecido tem de ser bom, porque se for áspero, sobe; se for coleante pareces uma foca, se te estiver perfeito na cintura sobra-te nas mamas... E então nessa fase pensas com raiva que a tua mãe bem que te podia ter legado um património mais generoso...
E o mais atroz no veste e despe (sozinha) é que o vestido mais bonito nunca é aquele que te fica bem, e tu chegas a uma fase em que qualquer coisa que te sirva e em que, ao veres-te, não te lembres de sacos-de-batatas, lontras marinhas e baleias assassinas já é bom, e estás pronta a pagar, mesmo que seja um bocadinho mais do que queres gastar.
E claro... Convem ir sozinha ou então com uma amiga com óptimo sentido de humor, porque estas provas arrasam a auto-estima que meses de ginásio e terapia andaram a elevar.
E tudo isto para quê? Para sorrires para umas fotos vulgares, com um sorriso vulgar, num vestido vulgar, num evento vulgar... que vais mandar para dentro de uma gaveta, sabendo que só vai saber bem recordar quando o vestido já não te servir, nem o sorriso for o mesmo por falta de dentes.

terça-feira, novembro 28, 2006

Boby

Olha o Boby! Boby! Anda cá, vem cá malandro!!!
Tu não és o Boby! o Boby morreu... Pára, pára! já te disse para te ires embora, vai-te embora, VAI-TE EMBORA!!!
Mãe, mãe, o Boby morreu mas está aqui, mãe, não o vês? Mas está mesmo ali mãe! Tu não és a minha mãe! Tu és um alien travestido de D. Aurora. Onde está a minha mãe? TU NÃO ÉS A MINHA MÃE!
"Ah, Ah, Ah! Mata, mata, esfola, esfola" CALA-TE! CALA-TE!
Eu não estou a ouvir, não estou a ouvir... Ouviste? Não te estou a ouvir... "Todos os patinhos, sabem bem nadar" CALA-TE!!! CALA-TE SENÃO MATO-TE!
"Não me podes matar porque eu sou tu, e tu és eu"
Quero morrer.

sexta-feira, novembro 24, 2006

LIMBO

A capacidade de nos rirmos do ridículo é, certamente, a única coisa que nos salva da loucura prematura. Bem sei que o país anda decadente e moribundo, mas ver, constatar inefavelmente que a degradação é um cancro que alastrou e deixou o país no limbo... bem...
Vide:

And the wind blows

Oiço o vento lá fora, mas oiço mesmo ou sonho que oiço? As rajadas sopram com violência e eu estou no meio do temporal, a voar, desafiadora, com os olhos dardejantes de uma fúria dificilmente contida.

Mas imagino-me ou sonho que me imagino?

O vento emaranha-me os cabelos e lá fora tudo é escuridão, eu vejo-me a enfrentar o vento no meio do temporal, mas também sinto o vento a chicotear-me o corpo. Sou um ser duplo que se sente e se vê. “Sopra! És muito mais forte do que eu, mas não me vencerás! Eu não desisto! Eu nunca desisto!”

Claro que desisto: já desisti de tanta coisa na vida… Quando dou por mim já não estou a voar, estou na praia, naquele areal imenso da F**, e o vento sopra, sopra com força, mas desta vez brinca com os meus cabelos: parecem vozes a brincar comigo – Vem! Vamos brincar as escondidas. – Não quero ir, tenho medo. Não me entrego ao vento, antes faço-lhe uma barreira, até que fico farta e me vou embora.

E sei que o vento não me quer fazer mal, só quer tornar-me uma igual e sairmos os dois a voar.

Começa a chover, torrencialmente e eu voando, nado no meio da água. Relâmpagos caiem do céu, mas o trovão não é ensurdeçor. Pertenço ali. No meio da fúria dos elementos sou mais leve, insignificante, invisível, confundo-me com o caos que me rodeia. Não há teorias, não há hipocrisias, não há falsidades.

Fico cansada de medir forças com o vento e adormeço.

quinta-feira, novembro 23, 2006

conflito de personalidades

Sempre me questionei porque razão todos nós sentimos necessidade de recorrer a eufemismos para desculpar os sentimentos negativos que nutrimos pelos demais.
Passo a explicar: eu não me dava bem com a bruxa da senhoria com quem vivi no 1º ano, por "conflito de personalidades". Sim, a mulher tinha um "conflito de personalidades" com toda a gente naquela casa.
Também não me dei bem com C, na casa onde vivi no 2º e 3º ano por "conflito de personalidades". Realmente, se fosse do género dominador e bom samaritano: se não me importasse de acordar a menina todas as manhãs, fazer as refeições para ela, e ver a minha despensa ser sistemática e selvagicamente assaltada, sem qualquer tipo de reposição, sim, se fosse do género católico e caridoso, teriamos as duas sido amicíssimas!
Mas o "conflito de personalidades" é pau para toda a obra! Não me dei bem com M que viveu comigo do 4º ao 5º ano, porque sua excelência deixou de falar para mim de um dia para o outro. Ao "Bom dia, M!", nem um grunhido em resposta. Ao "Como correu o dia?", respondia "Bem". E a convivência ficava por aí. Não haja dúvida que tinhamos personagens conflituantes, salientadas pela má educação da menina.
Bom... Mas os conflitos não se ficam por aqui. Como pessoa conflituosa que sou, única resposta para os casos infra descritos, não é que na casa onde vivo há já um ano, tenho mais um "conflito de personalidades"???
Desta vez a personalidade que conflitua com a minha é de pessoa a que denomino de cinicamente simpática: fecha-se na cozinha com o namorado e quando entramos para jantar (sim, também nós, como comuns mortais, temos de nos alimentar), instala-se um ambiente de mau estar. O namoradinho está proíbido de falar connosco, pelo que nem olha para nós e age como se não existissemos. Ela, comporta-se como se a nossa entrada na cozinha fosse uma afronta e fala connosco com os lábios apertados, contrariada pela nossa presença. No dia seguinte, já sozinha, é toda "Olé!", cumprimento pseudo-ligeiro que me lembra sempre os touros nas arenas, de olhos injectados de sangue, enraivecidos perante as capas vermelhas. Ao que secamente respondo "olá".
E a menina, que é um niquinho de gente, daquele tipo que parece que foi à máquina no programa errado e encolheu, come como uma anorética (uma canjinha de galinha anémica, como ela) e ainda tem o cinismo de perguntar "são servidas?". Ultimamente tenho tido ganas de lhe responder "Sim!", só para ver a reacção dela.
Mas nada disto explica o cinismo de A: a menina pela frente é só sorrisos, com excepção da cara de cu, com que marca território quando está com o namorado, mas faz gala em se queixar de nós, nas nossas costas e a horas tardias, em que o silêncio da noite faz com percebamos tudo o que tem para dizer.
Eu não chamo a nada disto conflito de personalidades. Tenho amigos de todos os tipos: extrovertidos, introvertidos, dominadores, frontais, esquivos, e dou-me bem com todos eles. Chamo a isto uma clamorosa falta de valores e má-educação. Perdoem-me, se puderem, por não entrar em eufemismos socialmente correctos, mas acho que já está na altura de chamarmos as coisas pelos nomes.

domingo, novembro 12, 2006

girls night

Começa tudo com uma mensagem, um telefonema: "amiga, passo por aí às x horas, e depois logo se vê.". Tudo bem, esta noite começamos pelo Galerias... Fomos chegando, às pinguinhas... "Opah, estou farta de aqui estar, vamos para o Tropical" (na boa, vamos lá! Já não estamos todas juntas há tanto tempo, o que interessa o espaço). E fomos. Há pessoal que se dispersa, adverso ao ambiente pseudo do Tropical, mas o núcleo duro continua o mesmo. "Paulo, é outra Carlsberg e uma empalhada". Chega a X e o R, do jantar romântico. "Opah, fodido, fodido é quando sonhas acordada, e só sabes que estás a dormir quando te olhas ao espelho e não tens reflexo" (Fodido, realmente). Carlsbergs para todas que a noite ainda é uma criança, e nós precisamos de animar! (foda-se, já não estavamos juntas há tanto tempo! Já faltava uma noite de gajas a sério!). Desta vez não falamos de coisas fúteis, só de como o tempo nos corroi e como sentimos que aquela noite é mesmo especial. "Vamos para o Procura-me, tenho lá uma amiga à minha espera". E fomos. Bebemos uma cerveja, rapámos frio, tivemos tempo para uma conversa, tête à tête, sobre os cabrões dos gajos (alguns), e vimos umas gajas a namorarem-se durante 1 hora, até ganharem coragem e darem o beijo. "Beija lá a gaja, pah! Olha, sumiram-se!". Fomos para o Delight: "Medusasss, hoje vamos ter uma noite diferente!" (Ok, X, estou nas tuas mãos)... E fomos. E bebemos bem, para regar a falta de interesse no local. Papel de parede engraçado, luz difusa agradável... mas gajos de camisa justa, mamilos com mini erecções... muito pobre. Índice de xunguice. Tiraram-nos uma foto merdosa, e pior pior, é ver as pilosidades a saltar dos colarinhos das ditas t-shirts. 5 da matina. Where? Bar de putas ou Vinyl? Vinyl. Entramos ainda alegres, mas o ambiente claustrofóbico cedo leva a melhor. Grandes conversas filosóficas, inclusive na casa-de-banho "E o gajo, dá-me um chocho, estás a ver? E eu? Sem reacção!" Só miúdas produzidas, miúdos com 15 anos, cotas e ciganada. O gajo andrógino serve-me a cerveja. "Tenho de perguntar àquele gajo onde é que arranja as sobrancelhas". (sim, e eu tenho de reconhecer que ele fica mais giro com lápis nos olhos do que eu)... Seca... A bebedeira não chega para aguentar o Vinyl: instala-se o desconforto (estou farta desta merda, que vim cá eu fazer?) Grandes conversas filosóficas, de quem ainda está mais sóbrio que eu. Tipos sedentos de eye contact, para tentarem a sorte... Tipas histéricas à custa de x Vodkas... Degredo. "Vamos embora". Saimos. Continuação de conversa filosófica sobre os limites da amizade "Sim, porque no teu subconsciente tu não consegues controlar o teu instinto primário, e mesmo que ela seja tua amiga, haverá uma altura em que esse limite será posto à prova e terás de optar por uma amizade, ou por uma cena mal resolvida" (falamos línguas diferentes, não vale a pena discutir, estamos a aprofundar o fosso entre sexos). Vou para casa. Girls night! Há tanto tempo que não estavamos juntas! Não há espaço nem distância, só os afazeres de amanhã para encurtar a noite, as sensibilidades... para nos mostrar como momentos como este são cada vez mais raros.

Não estive em sítios de que gostasse, mas estar com as amigas de que gosto faz toda a diferença. Pode ser no Museu, na Queima, a falar sobre sexo; pode ser no Tropical a falar do tipo que te tramou: não interessa. Estamos juntas.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Moi non plus

Sempre corei a ouvir esta música, mas nunca a tinha realmente ouvido com atenção. É daquelas coisas que os ignorantes da língua às vezes têm: percebem as coisas nas entrelinhas.

Há dias tropecei nesta música (foi mesmo tropeçar, ia descuidada e formosa, como a tal que ia para a fonte, e trás!), e então pensei: "Não! Quero saber exactamente o que estes dois tipos andam a sussurrar um ao outro!" E lá fui eu toda contente para sites de lyrics...
A letra é belíssima, como têm oportunidade de constatar, com uma carga erótica fortíssima, mas qual não é o meu espanto, quando carrego na opção traduzir (o site era brasileiro), e o "moi non plus" aparece como "eu mais ainda". Fiquei pasma!!! Então esta gente que é toda free love - "Eu amo você, tenho saudade do seu cheirinho, não sei viver sem você... você tralala... conversa absolutamente enjoativa" - nem sabe fazer uma tradução como deve ser? Haverá censura?
O certo é que haverá por aí muita adolescente brasileira a professar o amor romântico com esta bela musiquinha... e como tenho todo o respeito pelos nossos irmãos, não posso deixar de esboçar um sorriso de satisfação. E daí, também é pedir muito a adolescentes brasileiras... A aposta deve ir mais para aquelas matronas da pseudo-socialite Brasileira que não sabem Francês e quando se despedem dizem "Baiser, baiser!"

Je vais, je vais!
A tout a l'heure!



Jane Birkin & Serge Gainsbourg
Je T`aime... Moi Non Plus

"Je t'aime,
Je t'aime, oh, oui je t'aime !
Moi non plus.
Oh, mon amour, comme la vague irrésolu.
Je vais, je vais et je viens,
Entre tes reins,
Je vais et je viens, entre tes reins, et je me retiens.
Je t'aime,
Je t'aime, oh, oui je t'aime !
Moi non plus
Oh mon amour, tu es la vague, moi l'île nue.
Tu va, tu va et tu viens,
Entre mes reins, tu vas et tu viens, entre mes reins, et je te rejoins.
Tu va, tu va et tu viens,
Entre mes reins,
Tu vas et tu viens, entre mes reins, et je te rejoins.
Je t'aime,
Je t'aime, oh, oui je t'aime !
Moi non plus.
Oh mon amour !
L'amour physique est sans issue.
Je vais, je vais et je viens,
Entre tes reins,
Je vais et je viens, je me retiens. non ! maintenant viens !"
E pronto, o amor é bom, e vêm-se ao mesmo tempo.

quinta-feira, novembro 09, 2006

Já foi há tanto tempo!



É verdade, a medusasss já não é estudante.

Faz já um ano que rompeu amarras com a velha instituição universitária.
Não sinto a mínima saudade daquele traje saco de batatas, nem das tradições a que ia com ele vestido, mas recordo com muito prazer o dia do meu rasganço :)

Há quanto tempo não estamos todos juntos?

domingo, novembro 05, 2006

pablo, pablito... andare, andare!

Conho, eres sordo?
Vá lá, carago! Andas aí a empatar... empata fodas! Prá frente é o caminho e tu a assobiar para o lado! Tens manha de puto de bairro, daqueles que fazem merda e quando são apanhados ficam a olhar para o chão.
Despacha-te carago! Achas que tenho tempo para estas merdas?
Come, baby come.

sábado, novembro 04, 2006

News of the year!

Não podendo deixar de postar nos MORIBUNDOS QUE NEM UMA VACA LOUCA notícias menos moribundas... Moi, medusasss do cabelo insuportavelmente eléctrico e cheio de vontade própria, em completo disregard of owners atention, vem por este meio dizer que está convidada para o Evento mais esperado do ano: O casamento da G!
I'm in! Weeeee!!!
Já não pensamos noutra coisa senão na despedida de solteira (auge da existência de qualquer boa menina de família) e no bouquet: ocorrências para a quais estamos a trabalhar arduamente, treinos físicos específicos do mais alto gabarito, incluindo World Wrestling exclusivo para "damas" em vestido de noite e sapatos 10 cm agulha.
Também não conseguimos dispersar as nossas mentes das entradas, dos vinhos e digestivos, do bolo de chocolate (sim M, dos convidados solteiros)...
Foram entregues Invitations específicos para o evento a grande parte do núcleo duro das girls night, so it's going to be a stiff tournement.
É giro falar de competição pelo bouquet quando na verdade sei que nenhuma de nós vai ficar com os olhos secos quando trocarem as alianças.
Afinal há vida em Marte, quem diria!

quarta-feira, novembro 01, 2006

Fenix

Há alturas na vida em que sentimos que não podemos bater mais fundo, que nunca conseguiremos emergir daquela àgua negra viscosa, que nos suga lenta mas inexoravelmente. Há dias em que sentimos que não falta muito para que o nosso inferno pessoal se torne implacável, em que pensamentos alucinados tomam conta de nós e, apenas com muita força de vontade, impomos a nós próprios a disciplina férrea do quotidiano, para continuar a sobreviver, um dia de cada vez...
Há dias seguidos de dias, assim.
Há anos monstruosos de dor em que tudo o que tocamos nos morre nos braços, em que morre em nós tudo o que há de bom e colorido, em que os sonhos são povoados por monstros reais e dormir, só dormir, é uma montra de chocolates numa rua suja e fria.
Renasci este ano. Mas qual Fenix renascida, sou feita da mesma matéria. Oroboro, Eterno Retorno... Nietzsche, fuck you!

sábado, outubro 28, 2006

Un monde de goûts

"(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)"

Chocolate preto, chocolate belga, chocolate branco,
Chocolate quente, gelado de chocolate, crêpes de chocolat,
Chocolate na taça, no papel prata, na colher, no teu corpo,
Furiosamente chocolate, languidamente chocolate.
Orgasmicamente chocolate.

Au Revoir, cher!

sexta-feira, outubro 27, 2006

Intelectuais, Intelectualoides e Pseudo-intelectuais

Ou a arte de ler o jornal às escondidas

A arte e a cultura sempre tiveram uma relação de interdependência genética e funcional.
Muito me espanta, então, esta avalassadora falta de apetite pelos ditos artistas, ou candidatos a artistas, pelas coisas ditas culturais, ainda para mais quando a Arte só almeja ser Arte quando reflete aquilo que nos rodeia.

Como compreender o mundo sem as indispensáveis ferramentas proporcionadas pela cultura?

Hoje o individualismo acéfalo, erigido em crenças egoistas do homem novo, considera a arte como o acto desgarrado de qualquer realidade, como o resultado final de um neo-demiurgo especialista em caos, e em vender velharias como novidades.

Nada disto seria possível com uma população esclarecida.

Contraditório, mas verdade, hoje apelidar alguém de intelectual é ofensa qualificada, é apodar a criatura de avis rara, que troca o Viver por um refúgio numa gaiola dourada de conceitos, relações, dados objectivos e amorfos, todos eles assepticamente tratados através de raciocínios dedutivos e analógicos: coisas de gente chata e enfadonha, que quando falam parece chinês, e fazem citações em línguas mortas...

Mas se ser intelectual é mau, muito pior é ser-se apelidado de pseudo-intelectual!
Neste país de iluminados, intelectual verdadeiro é aquele que nasce em berço de oiro e pode assim "não viver" à vontade, porque aquele que até aprende umas coisas e é interessado, não é intelectual, é pseudo... e se já leu obras de referência, vai ao teatro e ao cinema, frequenta tertulias... fala de livros como as "gentes do povo" falam de telenovelas... então encontramo-nos perante o espécime híbrido de intelectualoide... Todas os três alvos a abater na sociedade do instantâneo.
Sim, porque quem sabe pensar, ou almeja compreender o mundo sem as ferramentas falaciosas da comunicação social, mas sem as descurar, isso é gente perigosa, imprevisivel!!!
Mas muito pior é ler o jornal em público! "Essa raça de intelectuais que lê o Expresso nos cafés, que discute o Público entre si..." Essa gente que acaba sempre uma disputa com: "É o Sistema".
Deixemo-nos de tergiversões...

quinta-feira, outubro 26, 2006

CHATOS II - O ATAQUE DOS CLONES

Meretríssimos colegas:

Outstanding disgrace, oh tu que almejas a perfeição: dois enjoados, um cínico e um chato...
Visita alapada de chato sénior, cujo grau de concentração de factor C (de chato e etc), era deveras elevado, lancinando estagiária do lado negro da força pelo seu constante e imerecido fascínio pelo afã da sua existência.
Refugiou-se, então, deseducamente, no leitor de mp3 e no café Hugo de Ortega, quando outro café, outras esplanadas e outros companheiros de infortúnio seriam mais bem vindos.

Relatório preliminar: Sanidade mental mantida, objectivo principal alcançado.

"Bem, vou andando, já estou farta desta merda. Até uma próxima vez."

sábado, outubro 21, 2006

Em '69 foi igual

Oh Santinhos bebe uma pinga
"no rules great scotch"
cabrões

segunda-feira, outubro 16, 2006

All we need is dovesouffle, ratatatataaaaaaaaaaa!



"Espécime avícola na cavidade metacárpica, supera os congéneres revolteando em duplicado"

Odeio pombas: quero vê-las fuziladas das cidades. Por mim era uma metralhadora, um mercenário, e zero pombas! Adios chicas...

Sair de casa...

Isto de ter "two places you call home", é o mesmo que não ter merda nenhuma. Eleges um temporariamente home, para onde, se tiveres espaço, levas livros e livrinhos, cds, dvds, o rádio leitor de cds, televisão, leitor de dvds... tudo para dar um aconchego a um local que não é teu, que nunca será teu, e que tu não desejas que seja.
A outra home fica despojada da tua essência, sempre arrumada, as almofadas no lugar, e começa lenta, mas inexoravelmente, a ser invadida por ursos de pelucia, que não são, nem nunca foram teus; por cacos oferecidos por gente desprovida de sentido estético, e que estavam escondidos no quarto do meio (não o virtuoso, mas aquele quarto tipo guarda-fatos Lewisano, em que se mete tudo o que não se quer ver, nem ter).
Assim, regresso a casa, ao meu quarto despojado de identidade, onde uma estranha limpa o pó de vez em quando, e ao olhar com saudades para a estante onde tenho os livros que fizeram e fazem de mim o que sou, dou de caras com uma estátua ao contrário. A criatura não soube vislumbrar qual era a parte da frente, muito ao meu estilo: nunca sei qual o lado direito de um napron redilhado.
Mistérios da vida, mas hoje ao ler o Sol, senti-me em casa, quando antes lia o Expresso.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Babe I'm on fire!

Quero outra vaca leiteira,
Mas não outra vaca qualquer
Não quero leite, nem manteiga
Nem vaca gorda feia
Talim talão!

Um colar eu lhe comprei
Aquela vaca gostou
Passeia pelo Shopping
Passa cheques com agrado
Talim Talão! (adeus dinheiro!)

terça-feira, outubro 10, 2006

Torce e cola

Azares da vida... Deus castiga, não é?
Mal acordei na 2ª de manhã, dei tal mau jeito ao pescoço que fui (depois de uma longa caminhada para o escritório) pouco direita para as urgências... Azar dos azares, 2ª é o pior dia para alguém ficar doente. Eram velhos e velhinhos, em cama e cadeira de rodas, eram quarentões de palito no canto da boca, refilões... Estive 2 horas para passar a triagem!
Diagnóstico: cervicalgia... vulgo torcicolo.
Agora apelo à vossa imaginação... Eu toda torcida. Para me vestir foi um inferno. Parecia uma anormal a pentear o cabelo. Tive de calçar as sapatilhas, e empurrar com o dedo os tacadores para dentro da sapatilha... quando bebo àgua o copo fica a meio... e lavar os dentes é uma aventura! Giro não é? Daria um belo sketch.
Mas doi que se farta, e ando a tomar medicamentos para o reumatismo, como os velhinhos... Ri-te, Ri-te! deus castiga! (castigat ridendo mores)

segunda-feira, outubro 09, 2006

Se gostasse tanto de cigarros como de bacalhau...



Se o homem tivesse sido feito para fumar teria nascido com uma chaminé na parte de trás do pescoço.
Eu comecei a fumar estupidamente no 1.º ano da faculdade, foi um bocado aquela coisa de a Maria vai com as outras… E eu que era completamente contra o consumo de tabaco. Drogas leves, mais concretamente maria-joana, até era a favor, agora tabaco achava ridículo, só podia fazer mal aquela porcaria… Mas a Maria foi com as outras, cigarro com café sabia bem, com leite frio também, depois dum grande jantar e com uma cervejinha, que bom…E tentar fazer bolinhas… tentar mesmo, porque faze-las só mesmo de longe a longe.
Estou com um cigarro na unha e com uma dúzia no maço… Há meses que penso em deixar de fumar, até já tive 2 tentativas frustradas. Claro, força de vontade é tudo e eu não queria deixar.
É de arregalar os olhos e abrir a boca até ás orelhas quando se faz contas aos cigarros que já se fumaram e que se continuam a fumar, diariamente, quase sem interrupções. Se cada cigarro nos tira 2 minutos de vida em cerca de 6 anos, fazendo as contas a 10 cigarros por dia isto dá uns 21900 cigarros, foda-se é demasiado, nem quero continuar a fazer contas. É saúde e dinheiro deitados ao lixo…
Hoje em dia nem sempre o cigarrito me sabe bem, ás vezes nem sei porque fumo ou nem dou conta que acendi o maldito rolo de papel com cancro lá dentro e está mal, está mal.
Tinha estipulado o fim do curso para me livrar desta porcaria, suponho que seria mais fácil, mas nunca vai ser fácil…
Gostava de dizer que este vai ser o meu ultimo maço maldito e adorava nem sequer o acabar, vou tentar mais uma vez, desta vez vou-me esmerar na força de vontade… Só espero no próximo post não escrever um choradinho de desculpas acerca do porquê de continuar a fumar.
E era simpático deixar de fumar, estou meio constipado desde a festa do avante e tenho a certeza que se não fumasse já andava rijo que nem um pêro.
O Bacalhau quer alho
, é o melhor tempero, quem comer alho fica rijo que nem um pêro… Não gosto de bacalhau.

domingo, outubro 08, 2006

Posta chatinha

Chato chatinho este domingo, se não faço nada sinto-me mal, se faço demais na segunda estou cansado. Só há dois dias de descanso e o 2.º torna-se stressante duma forma entediante… Já foi bem pior, lembro-me de domingos em reuniões de família acompanhadas pelo Big Show Sic, ou o filho da puta do domingo em que fui obrigado a desperdiçar a tarde numa comunhão duma prima que nem conhecia e nem conheci.

É chato ter que escrever propostas de trabalho para os meus professores, à parte do “quero fazer o que me apetecer, o que gosto, da forma que preferir” é difícil preencher umas quantas paginas com treta e referencias que por vezes nem são assim tão importantes. E nas exposições de Serralves todas megalómanas com coisas do arco-da-velha, com todo aquele texto em letras aparatosas, será realmente necessário?.. Se a obra fala por si o texto sufoca-a, e se não fala por si, não vai ser por ler uma composição toda floreada com palavras estranhas e vistosas acerca da pesca do bacalhau que vou compreender… Esta a nossa mania de dizer as coisas subtilmente, com grandes teorias, grandes justificações… Quero pão com chouriço, caralho!

E o futebol anda uma chatice também, o Benfica não joga nada há uma dezena de anos e isso tira a piada toda… O facto dos de vermelho terem ganho um campeonato numa das épocas mais chatas de sempre do futebol nacional também não teve assim muita piada… E soube a pouco.

E é chato toda a gente fumar coisas ilícitas e no entanto não existe uma coffee shop em Portugal e os dealers são mitras… E depois no Porto à noite se és teso, simplesmente não tens noite fora de casa. Há sempre o sítio do costume, mas como o pingo doce, também esse já chateia.

É chato ser finalista dum curso de 5 anos, principalmente se já perdeste um. Mais chato é veres os marmanjos que entram agora no mesmo curso que tu e vão ter muito menos trabalho e dentro de 6 anos podem já estar licenciados e mestrados, que cabrões!

E depois é chato o aquecimento global, o arrefecimento global, não perceber a quantas é que o tempo anda. É chata, a fome no mundo e a guerra no Iraque, chateia-me saber que a Coreia vai fazer testes nucleares e que o Fernando Santos ainda está no Benfica, chateia-me a Paula Bobone e irrita-me nunca ter tido o prazer de espetar uma tarte na cara de alguém, chateia-me ver um filho do presidente a presidente e um presidente que sonha ser o George Clooney e que tem pinta de sportinguista…

Chateou-me hoje ir jogar Playstation e verificar que o DVD boot que me deixa correr jogos pirateados estava estragado, fiquei ainda pior quando me apercebi que não podia fazer queixa a ninguém pois estava a fazer algo ilegal… E por consequência fiquei fulo depois de gastar mais de 1gb em tráfego internacional a tentar sacar vários supostos primeiro episodio da terceira série de LOST a partir de varias fontes diferentes para garantir que pelo menos um ia funcionar e depois eram todos FAKE! ARGHHHHHHHHHHHH!

E se é chato, se é chato coça, se coça faz ferida, se faz ferida tem que ir ao medico, se tem que ir ao medico tem que se pagar, se tem que se pagar é chato, se é chato coça, se coça faz ferida, se faz ferida tem que se ir ao medico, se tem que se ir ao medico tem que se pagar se tem que pagar é chato…

sábado, outubro 07, 2006

CHATOS

Há pessoas chatas, mas há seres que ultrapassam todos os limites. Falo dos Ditadores da chatice, Imperadores da estupidez, Reais Soberanos da conversa mole, Duques do narcizismo megalómano, Condes da voz insuportável.

Uma adjectivação tão numerosa não pode deixar de publicitar, para os mais atentos, que a lamentável autora deste post se encontra em estado de desgraça.

Pois bem, imaginem um sujeito, a que aleatoriamente chamaremos F.
Este sujeito, encarna o mais vil dos Imperadores da chatice. Sua exa não sabe que é incómodo, sua exa ri-se quando o mandam calar, a sua voz é adorável e o que diz pérolas, que ele por misericórdia desperdiça em plebeus (sua exa tem tios, primos, relações em todo o lado).

Virar as costas a sua exa é piada, dizer que sua exa é um chato, não é uma constatação óbvia, é uma anedota que recarrega as chatas baterias duracel de F, e lhe dá alento para mais uns looooooongos minutos a ouvir-se.
F não pensa. Como todo o chato, relaciona um qualquer facto, que qualquer incauto (também chato) deixou escapar, liga-se à corrente, e lá vai ele!

F é tão chato, que não fora o aproveitamento escolar, dizer-se-ia que é atrasado.
F é como uma mancha na melhor toalha, como o borboto nas camisolas benetton: é uma porcaria , mas é também inevitável que nunca nos iremos livrar deles.

Não posso deixar de pensar, com uma certa delícia, que da próxima vez que chamar a alguém chato, lhe estou a chamar, implicitamente, tudo o que aqui consta, que essa pessoa certamente não merece, mas que serve de compensação para a quantidade de vezes que mandei calar F... sempre em vão...

Calem-se os oportunistas. A tese da estupidez em directo só funciona em espécimes ainda não expostos a F.

Não sou crente, mas vou rezar por um milagre (o chato tem uma saúde de ferro, nunca adoece, mas tem sempre voz de constipado).

terça-feira, setembro 26, 2006

Canção do arguido bandido

(cortesia de Martinni Rosso de Vila a Concelho)


Já tive arguidos de todas as cores
De várias idades, credos e valores
Com uns até ao recurso fiquei
Com uns apenas um pouco me dei
Já tive arguidos do tipo atrevido
Do tipo acanhado, do tipo vivido
Porrada, injúrias, difamação
Já tive burla e até ciganão
Arguidos cabeça, e desequilibrados
Arguidos confusos, de tanto me faz
Mas na prisão, traumatizados
muda de ideia, não me deixa em paz

Procurei em todos os arguidos a bela justiça
Mas não encontrei e fiquei na premissa
Tudo começa bem, mas tudo tem fim
Arguido, bandido de cantiga fácil
Você não mente, você é a Verdade
Prisão acontece, culpa dos oficiosos
Pedem justiça e nada mais!

segunda-feira, setembro 25, 2006

Convite

Na próxima sexta-feira na cidade invicta, na avenida Rodrigues de Freitas, depois da faculdade de Belas Artes, depois do Colégio, sim em direcção à rua Duque de Loulé, depois do Jardim S. Lazaro e em frente ao restaurante Pink, naquela casa de azulejo encarnado, inaugura a nova e fantástica exposição de artes plásticas.
Vão participar nomes tão sonantes como o meu, Jeff Koons. Já ouviram falar certamente.
O meu pai diz-me que afinal eu não me chamo Jeff Koons e que afinal sofro de doença bipolar.
Ora bem…
Chamo-me Bruno e além de mim, vai participar o Bruno, que é outro, e vai mostrar a sua fantástica bicicleta de dois andares. Depois é só gajas, a Anabela, a Sandra, a Rita, a Maria João e a Ana. Espero não me ter esquecido de ninguém...
Vamos ter escultura e instalação, ilustração e serigrafia, um cheirinho de fotografia e coisas giras… Talvez haja pintura também, mas isso cá para mim deixou de existir com a morte do Picasso. Ah e projecções, também vamos ter disso!
Na sexta o bar está aberto e o Rafa passa musica bem catita, o espaço é o Artes Múltiplas e é um espaço simpático…
Quem aparecer será bem-vindo, que não aparecer escusa de perguntar como foi porque nos vamos fechar em copas.
E como disse o bar está aberto e não é aberto… Além disso a cerveja não é muito barata.

Pelo menos posso garantir com quase 100% de certeza que nesse dia e nesse espaço o único atentado à vida que pode acontecer é o de coma alcoólico… A mim não me acontece nada porque a cerveja não é barata e além de ser teso tive uma gastroenterite recentemente e não posso abusar.

09/11

Já passaram 2 semanas do aniversário do atentado às torres gémeas… Deixamos escapar isso, caraças!
Estou magoado e indignado, ainda não tivemos nenhum atentado, o EURO de futebol, tanto de seniores como de juniores, passou por cá e nada, o festival erótico tem passado por cá e nada…
O Durão Barroso, bem tentou trazer-nos um atentado com a reunião na base das lajes e o máximo que consegiu foi ficar em 2 ou 3 fotos... Nada aconteceu!

O Sócrates não faz nada… Os comunistas só pensam na festa do avante… O bloco só pensa na Holanda… Tivemos o Paulo Portas a ministro da defesa e nem assim…
Inglaterra já teve, Espanha já teve… E nós? Mais uma vez esquecidos!
Ah!... Esperem, afinal está a haver um atentado! Já me tinha esquecido que o Fernando Santos está a treinar o Benfica.
Agora vou a Lamego dar uma voltinha de helicóptero.

sábado, setembro 16, 2006

Débito pré-coitrantual

Para frequentadores de conversas pseudo-intelectuais de café, com juristas à mistura, e que julgam reconhecer o termo, desenganem-se! O débito conjugal, o justificador de muito divórcio nos dias que correm, foi actualizado para um inovador conceito técnico-jurídico que passo a explicar!
Mulheres Portuguesas! Alegrai-vos! Nasceu o palavra que vos vai pôr a dar pulos de alegria! Acabou-se o "querida, estou cansado", o "bebé, hoje não"! Se ele diz não, respondam com uma acção judicial de condenação por responsabilidade pré-contratual, fundada na violação do débito pré-coitrantual!
Como o nome indica, trata-se de uma modalidade de débito conjugal actualizado para a mulher moderna, casadoura, com namorado, amigo colorido, amante, ou junta de facto, em que se exige que o parceiro cumpra os seus deveres. Débito pré (antes), coit (sexo), trantual (de contrato e tântrico). Aqui a similitude dos conceitos auspicia exito para o futuro desta nova palavra.
Acabou-se o chuchar no dedo!
Se acaso a ameaça não bastar, contactar esta vossa humilde servidora para aconselhamento jurídico e tratamento processual. Os honorários são remetidos por correio registado com AR.

domingo, setembro 10, 2006

Da janela do meu quarto


Todos os anos acabamos o Verão com os mesmos projectos.
Eventualmente a resposta reside no conceito: projectos não realizados, a-realizar-em-hipotético-futuro-próximo.
Mais um ano sem férias no estrangeiro, mais um ano sem inter-rail, sem Santiago de Compostela, sem Corunha, sem sul de Espanha...
Somos todos pessoas ocupadas, mas será tudo isto falta de planeamento?
Sonhar não basta, é preciso viver! Já chega de aventuras imaginadas à janela de um quarto.
Medusasss farta de paragens imaginárias, de ficções vividas em nome de terceiros, vem por este meio declarar que para o ano é que é!
ahahah!

sexta-feira, setembro 08, 2006

Avé café que fazes maravilhas!!!

Avé café que tiras rabugice,
Que fazes andar para o trabalho aqueles que doutra forma andariam na má vida,
Que acordas quem anda a dormir, desatento,
Que dás trabalho aos paises do 3º mundo,
Que és o nó vital da economia mundial, sem que niguém te agradeça, ó Café!

Bendito aquele que reconhece que sem café não há noitadas,
Sem café não há coca-cola,
Não há licenciaturas tiradas,
Nem namoros a horas improvaveis.
Nem tertulias pseudo-intelectuais no tropical,
Nem amigos de circunstância,
Não há Vida, não há presente... apenas a memoria baça do passado.

quinta-feira, agosto 31, 2006

Agosto de 1967

“Pela primeira vez, Construções na Areia, uma iniciativa do Diário de Notícias que remonta a 1952, viu um dos seus jovens escultores ser distinguido como vencedor absoluto do Concurso Internacional de La Baule, em França. Foi Américo Rajão, que na areia esculpiu, primorosamente, O Desterrado de Soares dos Reis.
O júri internacional, como já sucedera com o de Portugal, não teve alternativa, apesar do alto nível apresentado pelos concorrentes, representando nada menos que 14 países. Américo Rajão era o primeiro entre os melhores. (...)”*
* A vida das Imagens, Editorial Notícias

Segundo rezam esta foi a primeira medalha de ouro conquistada por Portugal numa competição internacional... Seria uma pequena conquista hoje em dia, na altura os tempos eram bem diferentes e debaixo do fascismo, esta vitória foi motivo de orgulho e de felicidade para inúmeros portugueses de pé descalço, tal como Américo.
Filho de pescadores que aos 14 anos venceu uma prova internacional cujo prémio seria uma viagem aos Estados Unidos e ao Canadá, país anfitrião da EXPO 68 que tinha como atracção principal a exposição das primeiras televisões a cores.

O seu sonho era tornar-se escultor como Soares dos Reis e continuar a fazer bonecos.

Parabéns.

Não há festa como esta...


É aqui que os moribundos se vão encontrar este fim de semana

segunda-feira, agosto 28, 2006

Silly Season away!!!

Apesar das férias estarem moribundas, a estrebuchar, não posso deixar de sentir que apesar da Sillyness teoricamente acabar com a época balnear(nos dois sentidos), que esta rentrée é tudo menos séria.
Assim confirmo teoria do mais alto gabarito: Portugal nunca cessa de ser Silly, tem má formação congénita, crónica e patológica.

Se alguém perguntar quem sou, para onde fui, de onde vim, digam que tudo é possível vindo de uma Portuguesa, mas que há grandes probabilidades de estar emigrada. (shame on me!)

sexta-feira, agosto 25, 2006

Mas afinal?!

Na sequência do longo e badalado “caso Mateus”, Gil Vicente apresentou uma providência cautelar a contestar o acórdão do Conselho de Justiça que despromovia o clube à liga de honra por troca com o Belenenses.
Já esperava que avançassem para os tribunais civis… A FIFA pode mesmo retirar-nos os clubes das competições europeias e a selecção das provas internacionais à custa desta atitude, mas isso são contas de outro rosário.
O que me surpreendeu nisto tudo foi a resposta do Juiz…

“Eis os parágrafos finais do acórdão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa que deixaram confusos os responsáveis da Liga: "Com efeito, com o acto de citação das Requeridas, suspensas ficam as decisões administrativas impugnadas, tudo se mantendo, como se estas não existissem com as consequências daí necessariamente decorrentes, designadamente no plano desportivo ou de intervenção nos campeonatos mencionados no articulado inicial. Pelo exposto, indefere-se o decretamento provisório das medidas cautelares requeridas".”*

Não admira que estes senhores se sintam confusos. Mas que raio de língua fala a justiça portuguesa?

PS: Medusasss sentes-te capaz de traduzir isto?

*Fonte: O Jogo

Ele não passava recibos...

quinta-feira, agosto 17, 2006

Menos animados ca dita vaca...

Já se falou de queijo, de coisas amarelas, supomos nós relativas a lacticinios, mas ainda n se falou desta seca de Verão!!! Qdo for grande quero uma vaca louca: ao menos não falha animação!

quinta-feira, agosto 10, 2006

Weeeeee

Pois é, finalmente pode-se dizer que isto até está bonito, carago! Com a ajuda dum amigo lá consegui dar um jeito a isto. A ver vamos se agora é a valer…

E tão bom falar para as paredes.

segunda-feira, julho 24, 2006

hmmm

domingo, julho 09, 2006

Adeus rapaz dos queijos!

E pronto, o mundial está quase no fim e lá teremos de nos contentar com o 4.º lugar.

Futebol à parte, continuo sem perceber a ponta dum corno acerca de blogues... Pode ser que para a semana dê um jeito a isto.

Agora chichi, cama!

quinta-feira, julho 06, 2006

Olá


Muito giro, muito belo e amarelo...