domingo, janeiro 28, 2007

Comunicado ao mundo positivo, colorido e superficial, do faço-tu-fazes-nós-fazemos merda e por aí adiante

Os Moribundos vêm por este meio comunicar aos seus atentos e fieis leitores que laboram em equívoco, equívoco esse laborado (obrado) conscientemente e com dolo causal pelos autores deste blog.
Com efeito não estamos Moribundos Que Nem Uma Vaca Louca. Não! A vaca está menos moribunda: volta e meia vai com os dentes ao chão, mas isso é culpa das pernas bambas da BSE.
Resumindo, comunicamos à Blogosphera que estamos mais que moribundos, nauseados, gaseados: estamos visceralmente de candeia às avessas com a sociedade pseudo-socialista, com o capitalismo liberal, com a globalização, com o estrume da agricultura biológica, com o morrer-se na praia a 20 metros da areia, com a co-incineração em Souselas, com a ainda, ainda a questão do aborto, com tudo aquilo que já não mexe na consciência de ninguém, pois moribundos é limbo, e é limbo porque é boa memória cultivada ao sabor de coffee and cigarrettes e das baforadas com a maria joana, e cervejas em riste contra a podridão de uma sociedade em que quem tem olho é rei e coloca amistosos comentários anónimos, como deus quer e a nossa sinhora e os anjos rejubilam, pois nasceu o blog menino que vai por os pontos nos is.
Assim declaramos incontroversamente e anticonstitucionalissimamente que:
1- Somos parcialmente gnósticos e recusamos desvendar/interpretar o sentido final da palavra parcialmente;
2- Somos gente obtusa, aguda e recta e recusamos qualquer comparação com ângulos;
3- Exalamos o último suspiro com "é a vida" e "é uma merda" numa cafézada pseudo-intelectual;
4- Somos benfiquistas ferrenhos/por empréstimo, e temos muito sofrimento e algum orgulho nisso;
5- Temos nojo de beatas, as velhas e as usadas;
6- Morremos de tédio com a floribella, doce fugitiva, as manhãs, tardes, noites e demasiadas vezes as madrugadas da tv nacional;
7- Não odiamos nada em particular mas tudo em geral;
8- Odiamos especialmente o gajo das pistas da blue (irrita-nos não conseguir perceber se ele é gay, ou se é janado, ou se é mesmo assim);
(interregno)
cinzel diz:
apetece-me tanto sopa, as vezes parece q tou gravido e fico c desejos
9- Mete-nos nojo, causa-nos asco as tortulias/uras cor de rosa, com o pinto da costa e o pedro miguel ramos;
10- Estamos com as peixeiras no des/amor incondicional ao menino Santana Lopes, é nosso desejo dar-lhe com a canastra do peixe;
11- Odiamos gente sabichona para quem meia palavra basta: nós queremos todas as palavras, não poupamos palavras, somos uns esbanjadores de palavras;
12- Admiramos o cherne pelo seu sentido de orientação/oportunidade na fuga audaz para águas internacionais (follow the lider, lá pra fora, cá dentro);
13- Detestamos profusamente os jogos de azar, o euro-milhões, as bruxas (não acreditamos em bruxas, mas que as há, há) e o horóscopo do zodíaco, chinês, egípcio e por aí fora;

medusasss diz:
e como hoje a figadeira n dá para mais, aguardem a proxima posta degenerarativa.
medusasss diz:
posta descongelada à martelada com o moribundo
cinzel diz:
eu no final ponho posta escrita em parceria com moribundo, que deus o tenha em eterno descanso

A puta da vizinha

Tenho uma vizinha que é uma frelorista, mora por baixo de mim no seu estabelecimento comercial. Durante muito tempo não me preocupei com os meus vizinhos, ainda hoje não me preocupo porque não posso dar credibilidade a alguém que não sabe escrever o nome da sua profissão quando assina os seus bilhetes ameaçadores e faz corar de vergonha o mais inculto dos analfabetos.
Estes dias fiz um jantar com uma dezena de amigos, uma coisa serena, muita conversa, pão e vinho sobre a mesa. TUM TUM, “que é isto meu?” Alguém do rés-do-chão batia com a vassoura no tecto, “bem vamos embora, a gorda já está a passar-se porque a novela acabou”..
Saímos e damos de caras com o animal, 60 anos, muitas rugas, mau hálito e pneus michelin debaixo dum borboto com forma de camisola a cobrir-lhe o arcaboiço… Parecia ameaçar-me freneticamente com uma chave de fendas; “Oh minha sinhora eu tenho ali uma campainha, quando se sentir incomodada pode tocar” ao que me respondeu “É um mentiroso, as suas amigas são umas puuutas, umas vacas, estivessem eram em casa a dormir em vez de virem para aqui fazerem indecências e entupirem-me os canos com preservativos”… Aconselhei-a a chamar a policia e virei-lhe costas, isto há coisas…

Votar sim no referendo é uma necessidade, há muitos abortos mal feitos neste Portugal.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Ainda, ainda a questão do aborto

Falta menos de um mês para o referendo e não me sinto informada.
Com excepção de umas senhoras com um ar muito bondoso, diria mesmo beatífico, que me tentam dar panfletos na baixa para votar Não no referendo, ninguém mais me tentou convencer: ainda não assisti a debates, não fui bombardeada por folhetos sempre que saio a rua... Anda tudo muito calmo e sereno. Deve ser porque, efectivamente, em Coimbra nunca se passa nada!
Portanto não me posso queixar de movimentos intelectualmente abortivos (a não aqueles abaixo mencionados, que me chatearam pela manifesta burrice/falta de senso dos argumentos invocados).
Mas posso, e acho que devo chamar a atenção para o facto de nestas coisas que geram polémica, as pessoas trocarem alhos com bugalhos.
O aborto não é mais um meio anticonceptivo, ao nível da pílula e do preservativo. A grande percentagem de mulheres que recorrem ao aborto não são umas galdérias que não tomaram precauções: acidentes acontecem, e não conheço ninguém que já não tenha apanhado um susto.
E mesmo que o aborto seja legalizado dentro daqueles parâmetros, é sempre a mulher que dá a última palavra. Se já tem 5 filhos e quer ter mais um, que venha: há muito amor para dar! Se tem 15 anos e prefere ter a criança... bem... é bom que tenha uns pais porreiraços...
As razões para abortar fazem parte do foro íntimo de quem tem o ónus da decisão, não devem constituir argumento a favor do não. É rículo e demonstra tacanhês de espírito.
Aliás, são esses raciocínios mal construídos, em que se mistura aborto com touradas de morte, e produção de células estaminais com pena de morte, que ajudam a lançar mais areia para os olhos de uma população que quando não é analfabeta, é gente boçal que pensa ao ritmo das reguadas dadas na catequeze (e desde então que o neurónio de pensar ficou órfão).
Sinto-me apreensiva porque acho que o sim está a perder terreno num referendo sem razão de ser, e temo que mais uma vez me envergonhe de ser Portuguesa.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Ainda a questão do aborto

Isto ia ser um comentário que se tornou longo demais e virou uma posta.
Eu devo votar sim, não é que seja a favor do aborto mas sou a favor de várias coisas que referiste aqui e que devem ser mudadas.
A minha avó paterna não fez 9 abortos, teve 9 filhos e foi feliz. Admiro-a por isso apesar de nunca a ter conhecido. A ultima filha que teve podia-lhe ter custado a vida mas ainda assim preferiu traze-la a este mundo e hoje, esse rebento que nasceu de 7 meses é mãe de 3 filhas.
Infelizmente eu não posso parir e isso muda muita coisa...
Acho hipócrita muitos dos defensores do Sim serem contra as touradas de morte. Dois pesos, duas medidas?
Eu uso preservativo, não gosto mas é melhor assim, quando não uso é porque posso abdicar dele sem risco de deixar a sementinha fazer das suas, azares acontecem mas a prevenção é o melhor sim que podemos obter.
Só espero que os abortos (que já existem) feitos por capricho diminuam, que as pessoas sejam mais conscientes e saibam que abortar é algo que deve ser muito bem ponderado, que pode ser uma experiência traumatizante e que de forma alguma o aborto deve ser usado como contraceptivo. Mesmo quando é o organismo a rejeitar o feto provocando o aborto espontâneo, quantas mulheres não entraram em depressão?
Eu estou feliz por estar aqui, é uma experiência efémera e às vezes parece que a vida neste mundo tem mais coisas negativas que positivas, mas estou contente por não me terem mandado pela sanita abaixo.
Como diz o Kusturica, a vida é um milagre, tenham cuidado porque podemos dá-la e tira-la antes desta acontecer realmente…
A cruzinha vai para o Sim, espero no entanto nunca ter que passar por uma experiência destas porque sou daqueles gajos que quer ter filhos e é capaz de abdicar de tudo para os criar. Depois quando estes forem maiores e entrarem na idade da parvalheira sei que não vão ligar aos sacrificios e até me podem tratar mal, não me vou importar (muito), que se lixe, a minha consciência está tranquila…
Gostava era dum referendo para se legalizar a Maria Joana, era simpático e levantava menos problemas morais.

Pinipon Malvada - A Sequela

A maldade ganha novos cambiantes quando as pessoas que sentem prazer em chatear, aquelas que fazem da má língua o propósito das suas tristes vidas, têm telhados de vidro. É então que afino a pontaria e toma lá que já levaste!
Este caso ganha contornos hilariantes, porque a Pinipon malvada em questão é toda tic, tic, tic, nos seus saltinhos pela casa, e não me chega nem pelo ombro. Claro que o problema das alturas alarga o fosso do "conflito de personalidades", mas como tenho costas largas, estou-me bem a lixar para o tic, tic e para o burburinho.
Mas às vezes a Santa e Divina Providência traz episódios daqueles que parecem mentira, que nos deixam a rir até cuspir pedaços de pulmão.
Vejamos: inundação na casa-de-banho, porque a Pinipon Malvada, que tem a mania das limpezas, deixou cair um pano na sanita e "Ai, que nojo! Flushhhhhhhhhhhhhh".
Realmente escrever isto aqui é um acto miserável, demonstrativo de personalidade pouco abonatória, mas tendo em consideração o cinismo da pessoa em questão, não me importo. Sempre que penso no "Ai que nojo!! Flushhhhhhhhhh"...
Claro que esta história de contornos tão hilariantes foi-nos apresentada sob uma perspectiva totalmente diferente, mas também não esperavamos outra coisa, vinda de quem veio.
A vida nesta casa é uma space capsule, digna de episódios da 5ª dimensão.

domingo, janeiro 14, 2007

A questão do aborto

Não é que seja particularmente esperta, inteligente, mesmo brilhante, mas fico muitas vezes incomodada com a estupidês alheia. É certo que também fico atónita com a minha própria estupidês, mas isso já são outras conversas.
Neste caso muito me espanta que em relação ao aborto haja movimentos pró-vida que usem argumentos tão falaciosos como o n.º de mulheres que ficam traumatizadas depois de um aborto, e especialmente um movimento pró-vida que se intitula "Contra a discriminação".
Sustenta este último movimento que são contra todos os tipos de discriminação, especialmente aquela que decide que um ser de menos de 10 semanas possa ser eliminado, só por decisão unilateral da mãe. Se este movimento tivesse o dom da palavra e um pouco de esperteza teria dito qualquer coisa como: "Somos contra esta forma de discriminação porque não achamos justo que embriões com menos de 10 semanas possam ser abortados. Achamos que o factor tempo não deve intervir nestas questões da licitude do aborto."
Mas nestas coisas dos movimentos cívicos, é recolher assinaturas, muitas vezes não se sabe bem para quê, apresentar uma proposta titubiante e voilá! Mais um movimento! Pelo que a cena da descriminação, estão a ver, não tem lá grande explicação, para além dos membros do movimento serem portugueses de 2ª e 3ª geração e saberem, por terem sentido na pele, o que é a descriminação.
Poderia aqui invocar conflito de interesses, com toda a justiça, e dizer que aquelas pessoas desconhecem que a vertente mais importante do princípio da igualdade é justamente tratar de forma igual o que é igual, e de forma diferente aquilo que é diverso, mas com isso entrariamos em considerações eminentemente teóricas e chatas, coisa que ainda não queremos fazer.
Digo ainda, porque acho essencial hoje fazer-me passar por chata e dar um sermão sobre o que é realmente importante na questão do aborto.
1º- Com o referendo não vamos aprovar uma descriminalização do aborto.
Com efeito, o crime de aborto continua ser previsto no CP Português, com muito poucas alterações, diga-se de passagem. Tudo isto, porque que nome se dá ao facto de 3º que voluntariamente faz a mulher grávida abortar contra a sua vontade? Esse tipo de actos tem de continuar a ser criminalizado, sob pena do namorado dar uma facada no baixo-ventre da namorada e só ser punido com ofensas à integridade física agravadas.
De há muitos anos para cá que está previsto no CP causas de exclusão da ilicitude, ou seja, o aborto não constitui crime se praticado ao abrigo dessa norma, desde que preencha certos requisitos: como constituir perigo para a vida da mãe; o feto ter má-formações; a gravidês ter tido origem em crime de violação.
2º-O aborto não é uma violação do direito à vida.
Violação do direito à vida é obrigar um doente terminal e não viver, recusando-lhe a eutanásia.
Conforme consta do CP Português e restantes CP comunitários o bem jurídico que se tutela com o crime de aborto é a "Vida intra-uterina". Os senhores informem-se antes de se porem a discutir nos cafés.
Acresce que o bem jurídico vida não é um bem jurídico pleno e absoluto, como o demonstram as administias por crimes de guerra, o homicídio privilegiado, o homicídio negligente, o auxílio ao suicídio... e recentemente, na comunidade internacional o enforcamento de Saddam Hussein. A vida só é absoluta quando nos convém.
3º-O referendo só vai incluir na anterior previsão das causas de exclusão do crime de aborto o factor temporal.
Na verdade, a articulação actual é idêntica á usada por muitos países europeus em que é admitido às mulheres a possibilidade de escolher entre serem miseráveis e terem mais um filho, ou serem miseráveis e não terem mais este.
Com a nova articulação, as mulheres poderão escolher abortar sem terem de invocar mais fundamentos que o embrião não ter mais de 10 semanas, e fazerem-no de forma informada, livre e consciente.
Nenhuma mulher faz um aborto por dá cá esta palha. É sempre uma intervenção traumática, com que têm de viver para o resto da vida.
4º- Trata-se de sobretudo um problema de saúde pública, de independemente das crenças de cada um, impedir que mais mulheres sofram às mãos de carniceiros.
Isto é completamente verdade, mas o problema vai residir essencialmente nos regulamentos e nos mecanismos que vão ter de ser criados para que quem escolher abortar o possa fazer condignamente e em tempo útil.
Sinceramente, acho que esta alteração só vai acabar com os processos vergonhosos contra mulheres que abortaram, o resto vai permanecer igual.
5º- A pergunta do referendo:
"Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?"
E podia dizer muito mais, mas não me apetece.
Por mim, digo em plena consciência que o sentido do meu voto vai ser um rotundo SIM no boletim do referendo.
Basta de carnificina, e de corridas para Espanha.

Mheeew?!

Another weekend without make up


Home sweet Home, mas de nada serve a doçura quando tens mais do que fazer do que apreciar a quietude, a placidez, o conforto no seu estado mais puro.
Tenho uma gata na cama, outra deitada mesmo ao lado do pc, e mil ideias na cabeça que não consigo ordenar. Começar por onde? Será essa a melhor estratégia? E se facilitasse e não fosse por aí? E como fundamentar, se a prova apresentada é tão pouca?
Tudo belas questões que depois de uma noite de sono costumam ser mais perceptiveis. O que se indaga é: lembrar-me-ei dos objectivos delineados?
E enquanto penso em teorias aquisitivas de propriedade, em prescrições aquisitivas e conflitos de presunções, uma gata amarela enroscada na minha secretária ronrona de satisfação.

sábado, janeiro 13, 2007

A VACA

A vaca come ervas. A vaca dá leite! O leite guarda-se em frigoríficos. De que côr é o teu frigorífico? O que a vaca bebe?
A vaca não tem mamas, tem úbero. Assim como geralmente não têm cornos. Só são cornudas aquelas vacas do Norte que são boas para abate. Eu não gosto de vacas, muito menos das vacas que são mesmo vacas. Também não gosto de bois: comem que nem bois e eu disso também não gosto: metem-me nojo, causam-me asco. E os vitelos, os filhos das vacas, só sabem mamar, e quando a vaca mãe não tem leite, não se importam de mamar em qualquer uma, que é como quem diz, são uns grandes promíscuos, os vitelos.
Também não gosto de merda: parece que há um filme por aí que mete vacas e merda, por isso não vou ver esse filme, não vou não. Não gosto, metem-me nojo, causam-me asco. Eu cá era vegetariana se não soubesse que a agricultura biológica tem fertizantes que são merda, e que a agricultura normal usa daqueles pesticidas todos que fazem mal ao fígado e provocam cancro. Pois, cancro. É isso e a maquilhagem. Uma vez disseram-me que havia tintas de cabelo que trovocavam cancro: aquela Sra Onassis ou o raio que a parta morreu disso, mas também, vaidosa! Pintava o cabelo todas as semanas! Ai rica, tinhas de andar sempre impec!
Mas fumar também provoca cancro, e os telemóveis também provocam cancro, e o sol dá cancro, e a angústia dá cancro: tu dás cancro na tua maezinha, seu filho da ...
Mas pronto: é só mais um ano que começa: as vacas dão leite, enlouquecem, metem cornos aos bois, são servidas em hamburgueres um pouco por todo o lado, com muita merda à mistura, como sempre.
Bom ano 2007.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

O espalho do ano, e hoje é dia 8

Vai uma pessoa, nas primeiras chuvas do ano, a passar a passadeira e não é mesmo que o óleo na estrada não é ficção? Pois é, expressões como "imagino", " estou a ver", "compreendo", só ganham verdadeiro significado quando as sentimos na pele.
Tudo bem que este experimentar na pele não teve direito a choque de chassis, nem pneus a derrapar: foi efectivamente experimentar na pele.
Convenhamos, eu que ando depressa, que as vezes até corro nas ruas minadas de despojos caninos, ia a passar na passadeira, calmamente, a olhar para o autocarro que me levaria para a Ordem, quando escorrego, tropeço e dou um mergulho mesmo no meio da zebra... escusado será dizer que o motorista do autocarro não me ligou nenhuma, contornou a minha triste figura (gosto da palavra contornar, tem assim significados rotundos)... e lá foi ele!
Eu que costumo dizer caralhadas por quase nada, emudeci... nem um "foda-se!". Nada.
Entretanto, pela primeira vez na vida levava o pc para a Ordem, que partilhou o espalho com a dona... E não é que funciona! Nem um arranhão!
Já a mergulhadora em estilo bruços... nos próximos meses não pode participar em concursos de beleza... ficou toda esmurrada nos joelhos, nas mãos... muito teenager que se aventura pelos descampados, ao estilo Tom Sawyer e Hucleberry Finn.
E não paro de me espantar na sorte que tive (e no azar): não fui atropelada, o meu pc continua vivo e de boa saúde... Não fora o mau aspecto da queda e das consequências da mesma, até diria que sou uma pessoa com sorte!
Acho mesmo que esta queda foi um ponto de viragem na minha percepção da vida: se caio numa passadeira na hora de ponta e não sou atropelada... a minha fé na vida, na humanidade (com excepção de motoristas dos SMTUC) é acrescida de mais alguns pontos! Se fosse católica diria que tenho um anjo da guarda. Terei? Será daqueles querubis todos roliços do renascimento, ou será um ser andrógino... daqueles que dá vontade de levar para casa e dar miminhos... Bem, anjinho, nesse dia estavas atento, não queres perder as asas?

domingo, janeiro 07, 2007

ui...

Há coisas assim…

Acabaram-se as festividades, felizmente! Entre o jantar de ontem e as 18h de hoje comi como um abade, dormi como uma preguiça e sinto-me mal com mais uma tarde desperdiçada… Os domingos são tramados, depois dum almoço bem recheado é rara a vez em que resisto ao sofá e ao filme reles. É a receita perfeita para usufruir duma sesta à espanholito.

Acordei com o meu irmão a festejar qualquer coisa, o Porto estava fora da taça! Estranho, estas coisas só costumam acontecer ao Benfica. Afinal Jesualdo Ferreira ainda tem alguma coisa do treinador que passou pelo glorioso, na altura foi um Gondomar que nos chutou para canto, agora foi um Atlético que o tramou…

E esta, hein?

Grande Portugal

Pois é, nem fizemos nada de especial e dum momento para o outro deixamos de ser os mais corruptos da UE :)

terça-feira, janeiro 02, 2007

Começar o ano

É tramado, o ano começa e nem há tempo para a ressaca...
Eu nem ligo muito à passagem de ano e quando era pequeno detestava-a. Aos olhos duma criança a diferença entre o Natal e a passagem de ano é que em vez de presentes temos passas. E eu nem gosto de frutas cristalizadas, baaah, a comida é a mesma porcaria, troços e bacalhau com batatas, bah!
Quando um gajo começa a beber a coisa já começa a ganhar outra piada, mas ao fim ao cabo não é o único dia em que se apanha uma borracheira durante o ano, nem é necessariamente a maior nem a melhor. Triste daquele que só apanha a palhoça entre o findar e o iniciar dum ano, coitados dos polícias que se só pudessem beber nesta festividade estragavam logo a expressão “pior que um policia bêbado”.
Depois, começa o ano e temos logo de trabalhar ou estudar, é injusto. Então levamos com 365 dias em cima e logo ao 2.º ou 3.º dia pimba! Toma lá mais do mesmo que é para aprenderes… E nem vale a pena pedir como desejo mais uns dias de férias, não adianta, raios de desejos! 12, 12 passas a caírem com sacrifício pela goela abaixo, uma a uma, enquanto se faz um esforço mental para em 12 badaladas se pedir 12 desejos que só se realizaram se realmente fizermos por isso, balelas! Não adianta pedir o euromilhões, não adianta pedir que o Benfica seja campeão, nem sequer adianta pedir um pão com manteiga… Não há um génio da lâmpada, apenas montanhas de crédulos, muitos até são ateus mas acreditam piamente que se não pedirem os 12 desejos, uiii, vai ser uma merda.
Enquanto a minha ressaca diminuía reparei que os preços dos transportes aumentavam, afinal foi a 1.ª vez este ano que isso aconteceu, o tabaco e a gasolina também irão subir pela 1.ª vez este ano assim como tudo o resto…
Portanto, não desejo nada, só espero que o mundo não acabe nos próximos 365 dias e que corra tudo com tranquilidade. Bom ano :P
Estou feliz por o meu cérebro ainda me permitir escrever qualquer coisinha.