terça-feira, setembro 26, 2006

Canção do arguido bandido

(cortesia de Martinni Rosso de Vila a Concelho)


Já tive arguidos de todas as cores
De várias idades, credos e valores
Com uns até ao recurso fiquei
Com uns apenas um pouco me dei
Já tive arguidos do tipo atrevido
Do tipo acanhado, do tipo vivido
Porrada, injúrias, difamação
Já tive burla e até ciganão
Arguidos cabeça, e desequilibrados
Arguidos confusos, de tanto me faz
Mas na prisão, traumatizados
muda de ideia, não me deixa em paz

Procurei em todos os arguidos a bela justiça
Mas não encontrei e fiquei na premissa
Tudo começa bem, mas tudo tem fim
Arguido, bandido de cantiga fácil
Você não mente, você é a Verdade
Prisão acontece, culpa dos oficiosos
Pedem justiça e nada mais!

segunda-feira, setembro 25, 2006

Convite

Na próxima sexta-feira na cidade invicta, na avenida Rodrigues de Freitas, depois da faculdade de Belas Artes, depois do Colégio, sim em direcção à rua Duque de Loulé, depois do Jardim S. Lazaro e em frente ao restaurante Pink, naquela casa de azulejo encarnado, inaugura a nova e fantástica exposição de artes plásticas.
Vão participar nomes tão sonantes como o meu, Jeff Koons. Já ouviram falar certamente.
O meu pai diz-me que afinal eu não me chamo Jeff Koons e que afinal sofro de doença bipolar.
Ora bem…
Chamo-me Bruno e além de mim, vai participar o Bruno, que é outro, e vai mostrar a sua fantástica bicicleta de dois andares. Depois é só gajas, a Anabela, a Sandra, a Rita, a Maria João e a Ana. Espero não me ter esquecido de ninguém...
Vamos ter escultura e instalação, ilustração e serigrafia, um cheirinho de fotografia e coisas giras… Talvez haja pintura também, mas isso cá para mim deixou de existir com a morte do Picasso. Ah e projecções, também vamos ter disso!
Na sexta o bar está aberto e o Rafa passa musica bem catita, o espaço é o Artes Múltiplas e é um espaço simpático…
Quem aparecer será bem-vindo, que não aparecer escusa de perguntar como foi porque nos vamos fechar em copas.
E como disse o bar está aberto e não é aberto… Além disso a cerveja não é muito barata.

Pelo menos posso garantir com quase 100% de certeza que nesse dia e nesse espaço o único atentado à vida que pode acontecer é o de coma alcoólico… A mim não me acontece nada porque a cerveja não é barata e além de ser teso tive uma gastroenterite recentemente e não posso abusar.

09/11

Já passaram 2 semanas do aniversário do atentado às torres gémeas… Deixamos escapar isso, caraças!
Estou magoado e indignado, ainda não tivemos nenhum atentado, o EURO de futebol, tanto de seniores como de juniores, passou por cá e nada, o festival erótico tem passado por cá e nada…
O Durão Barroso, bem tentou trazer-nos um atentado com a reunião na base das lajes e o máximo que consegiu foi ficar em 2 ou 3 fotos... Nada aconteceu!

O Sócrates não faz nada… Os comunistas só pensam na festa do avante… O bloco só pensa na Holanda… Tivemos o Paulo Portas a ministro da defesa e nem assim…
Inglaterra já teve, Espanha já teve… E nós? Mais uma vez esquecidos!
Ah!... Esperem, afinal está a haver um atentado! Já me tinha esquecido que o Fernando Santos está a treinar o Benfica.
Agora vou a Lamego dar uma voltinha de helicóptero.

sábado, setembro 16, 2006

Débito pré-coitrantual

Para frequentadores de conversas pseudo-intelectuais de café, com juristas à mistura, e que julgam reconhecer o termo, desenganem-se! O débito conjugal, o justificador de muito divórcio nos dias que correm, foi actualizado para um inovador conceito técnico-jurídico que passo a explicar!
Mulheres Portuguesas! Alegrai-vos! Nasceu o palavra que vos vai pôr a dar pulos de alegria! Acabou-se o "querida, estou cansado", o "bebé, hoje não"! Se ele diz não, respondam com uma acção judicial de condenação por responsabilidade pré-contratual, fundada na violação do débito pré-coitrantual!
Como o nome indica, trata-se de uma modalidade de débito conjugal actualizado para a mulher moderna, casadoura, com namorado, amigo colorido, amante, ou junta de facto, em que se exige que o parceiro cumpra os seus deveres. Débito pré (antes), coit (sexo), trantual (de contrato e tântrico). Aqui a similitude dos conceitos auspicia exito para o futuro desta nova palavra.
Acabou-se o chuchar no dedo!
Se acaso a ameaça não bastar, contactar esta vossa humilde servidora para aconselhamento jurídico e tratamento processual. Os honorários são remetidos por correio registado com AR.

domingo, setembro 10, 2006

Da janela do meu quarto


Todos os anos acabamos o Verão com os mesmos projectos.
Eventualmente a resposta reside no conceito: projectos não realizados, a-realizar-em-hipotético-futuro-próximo.
Mais um ano sem férias no estrangeiro, mais um ano sem inter-rail, sem Santiago de Compostela, sem Corunha, sem sul de Espanha...
Somos todos pessoas ocupadas, mas será tudo isto falta de planeamento?
Sonhar não basta, é preciso viver! Já chega de aventuras imaginadas à janela de um quarto.
Medusasss farta de paragens imaginárias, de ficções vividas em nome de terceiros, vem por este meio declarar que para o ano é que é!
ahahah!

sexta-feira, setembro 08, 2006

Avé café que fazes maravilhas!!!

Avé café que tiras rabugice,
Que fazes andar para o trabalho aqueles que doutra forma andariam na má vida,
Que acordas quem anda a dormir, desatento,
Que dás trabalho aos paises do 3º mundo,
Que és o nó vital da economia mundial, sem que niguém te agradeça, ó Café!

Bendito aquele que reconhece que sem café não há noitadas,
Sem café não há coca-cola,
Não há licenciaturas tiradas,
Nem namoros a horas improvaveis.
Nem tertulias pseudo-intelectuais no tropical,
Nem amigos de circunstância,
Não há Vida, não há presente... apenas a memoria baça do passado.